07/07/2016 às 19:02, atualizado em 22/05/2018 às 12:48

Estudantes brasilienses concluem simulado do Enem

O DF é a única unidade da Federação a reproduzir por completo a prova, da quantidade de questões à entrega dos resultados

Por Maryna Lacerda, da Agência Brasília

Estudantes das redes pública e privada de Brasília participaram, nesta quinta-feira, do segundo e último dia de simulado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Houve cerca de 40 mil inscritos, e a abstenção de ontem (6) foi de aproximadamente 30%, índice esperado em concursos públicos.

Estudantes fazem simulado do Enem no Centro de Ensino Médio Setor Oeste, na Asa Sul.

Estudantes fazem simulado do Enem no Centro de Ensino Médio Setor Oeste, na Asa Sul. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

O Distrito Federal é a única unidade da Federação a simular por completo o Enem, do tempo de prova à entrega dos resultados. Em 136 escolas públicas e 50 particulares, foram aplicadas as questões de ciências humanas, ciências da natureza, linguagens, códigos, matemática e redação.

O teste é uma forma de os estudantes conhecerem o estilo de avaliação e perceberem quais conteúdos precisam reforçar até novembro, quando o exame será aplicado em todo o Brasil. “Só a leitura concentrada do simulado já é um aprendizado extremamente significativo. É uma chance de eles entenderem o que é o certame, qual é o tempo de duração”, destacou o secretário de Educação de Brasília, Júlio Gregório Filho.

Sustentabilidade e democracia foram temas do simulado

O tema da sustentabilidade marcou os dois dias de prova. O consumo consciente da água, por exemplo, foi um dos tópicos mais explorados nas questões e nos textos de apoio. A abordagem coincide com os preparativos para o 8º Fórum Mundial da Água, a ser sediado em Brasília em 2018. “Em um dos textos, falou-se de um banco que concedia créditos para os clientes que economizassem no consumo de água”, contou a estudante do 3º ano do Centro de Ensino Médio Setor Oeste, na Asa Sul, Clarisse Fonseca Esteves. A aluna tenta uma vaga para o curso de Estatística e considerou o segundo dia de testes mais fácil. “Tenho mais facilidade com matemática, então tive mais tempo para fazer a redação.”

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Na redação, os estudantes escreveram sobre como a cultura influencia na mudança social. Os textos de apoio instigaram discussões sobre a democracia e a participação popular por meio das mais diversas manifestações populares. Além disso, a prova apresentou reflexões a respeito das questões de gênero e dos problemas causados pelo racismo e pela homofobia. “A intenção foi trazer a consciência de que o respeito independe de a pessoa gostar ou não das minorias”, avaliou o estudante Arthur Dias Fernandes, de 17 anos, que tentará letras ou enfermagem.

O simulado foi também uma oportunidade de os alunos entenderem como vai funcionar a organização e o esquema de segurança no dia do Enem. Isso porque os estudantes cumpriram os horários de entrada nas salas e de saída com os cadernos de prova e a obrigatoriedade de desligar aparelhos eletrônicos. “O simulado ajuda bastante, porque iremos para o Enem sabendo o que é permitido ou não”, afirmou Beatriz Helena Monteiro Teles de Souza, de 17 anos. A garota estuda por uma vaga para arquitetura.

Edição: Marina Mercante