12/10/2016 às 09:37, atualizado em 31/01/2017 às 13:13

Governo abre mais de 27 mil vagas de qualificação on-line em 2016

Para aumentar as chances de conseguir um emprego melhor, a auxiliar de escritório Bianca Araújo fez um dos 21 cursos a distância oferecidos por meio de portal do programa Qualifica Mais Brasília

Por Saulo Araújo, da Agência Brasília

O currículo de Bianca da Silva Araújo, de 21 anos, ganhou força com a conclusão do curso de gestão financeira em setembro deste ano. A auxiliar de escritório percebeu que o interesse do mercado de trabalho aumentou após a certificação. Ela conseguiu a capacitação por meio do programa Qualifica Mais Brasília, da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, que, só neste ano, recebeu 27.267 inscritos nos 21 cursos disponíveis no Portal da Qualificação Profissional. O número é bastante superior em relação às oportunidades ofertadas em 2015 (514) e em 2014 (6 mil).

Bianca Araújo cursou gestão financeira por meio do programa Qualifica Mais Brasília.

Bianca Araújo cursou gestão financeira por meio do programa Qualifica Mais Brasília. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

“Quando você tem uma experiência a mais, as pessoas te olham de forma diferenciada. Acho que as minhas chances de conseguir um emprego melhor e mais bem remunerado aumentaram depois do curso. Estou confiante”, projeta Bianca.
O aumento substancial ocorreu devido a uma reformulação nos programas de capacitação do governo de Brasília. Em março deste ano, o lançamento do portal garantiu que milhares de pessoas com tempo escasso pudessem melhorar sua qualificação profissional com os cursos a distância. Dos inscritos, 9.741 se formaram até 10 de outubro. As aulas são gratuitas, e as vagas, ilimitadas.

As oportunidades oferecidas são divididas em três módulos (veja arte). A primeira — com carga horária de 160 horas — é voltada para quem busca entrar no mercado de trabalho. Há opções para assistente administrativo, auxiliar de contabilidade e recepcionista. Já o segundo eixo, com carga horária de 40 horas, foca em pessoas que estão empregadas, mas que querem se atualizar. Gestão financeira, telemarketing e atendimento ao público são algumas das alternativas. O terceiro módulo (40 horas) tem por objetivo atingir quem deseja se tornar um empreendedor. Há cursos que ensinam a abrir um negócio, criar uma empresa digital e gerenciar micro e pequenas empresas.

Eixos do Qualifica Mais Brasília

Professores tiram dúvidas on-line

Todas as pessoas matriculadas nos cursos do Portal da Qualificação Profissional têm à disposição apostilas e professores que tiram as dúvidas enviadas pelos alunos. Ao fim do processo, o certificado pode ser emitido imediatamente, e o interessado ainda recebe um convite para participar de uma palestra na sede da Secretaria Adjunta do Trabalho, na Quadra 6 do Setor Comercial Sul. Depois do evento, ele pode ser indicado para ocupar uma das vagas disponíveis na Agência do Trabalhador.

Para o coordenador de Qualificação Profissional da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Gerson Vivente de Paula Júnior, ampliar as chances de forma gratuita contribui para a retomada do crescimento econômico da cidade. “São pessoas com mais qualificação buscando vaga no mercado de trabalho ou atualizando seus conhecimentos, o que certamente eleva o nível dos candidatos e estimula as empresas a contratar”, destaca.

Como se inscrever no Qualifica Mais Brasília

O interessado em se inscrever em alguns dos 21 cursos on-line deve preencher o formulário com informações pessoais, como endereço, telefone e e-mail. Será criada uma senha para acesso às aulas e às apostilas. Quem já tiver cadastro só precisa informar o CPF e a senha.

O investimento anual para manter o site é de R$ 339.180, recurso da Secretaria Adjunta do Trabalho. Ou seja, para cada aluno inscrito na modalidade de ensino a distância, o governo gasta pouco mais de R$ 12. Na presencial, o custo seria de aproximadamente R$ 1,4 mil por pessoa. “Temos mecanismos que aferem que a efetividade dos cursos a distância é a mesma da dos presenciais, até porque o aluno adapta os estudos ao tempo dele”, explica Gerson.

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Edição: Marina Mercante