13/10/2016 às 12:43, atualizado em 13/10/2016 às 14:52

Espaço Cultural Renato Russo será entregue ao público em 2017

Reforma no valor de R$ 5,6 milhões prevê adaptação à acessibilidade e tratamento elétrico e acústico. Secretário de Cultura acompanhou as obras na manhã desta quinta-feira (13)

Por Gabriela Moll e Maryna Lacerda, da Agência Brasília

Representantes do setor cultural de Brasília acompanharam, na manhã desta quinta-feira (13), o andamento da reforma do Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul). O trabalho foi iniciado na primeira quinzena de setembro com recursos de R$ 5,6 milhões da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). A previsão é que as obras terminem em junho de 2017.

Obras no camarim do Teatro Galpão no Espaço Cultural Renato Russo.

Obras no camarim do Teatro Galpão no Espaço Cultural Renato Russo. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

O projeto foi readequado para levar em conta a tradição e a importância do espaço para o setor. “O projeto que havia sido proposto para cá, em 2013, e recebido pela Secretaria de Cultura, desconhecia a história deste local e propunha a criação de um outro centro. Seria colocá-lo abaixo e construir outro”, conta o secretário de Cultura, Guilherme Reis. “Jogar fora essa história não parece ser a melhor opção para Brasília. Nós estamos consolidando tradição”, afirma.

O local é composto por teatro, sala multiuso, salas de ensaio, galpão de artes, biblioteca, mezanino para exposição, gibiteca, musiteca, galerias de arte, escritórios e estúdio de rádio.

Estão previstas reparação da estrutura predial, reforma das salas e do teatro, revisão de toda a instalação hidráulica e elétrica, instalação de elevador e criação de acessos que permitam a pessoas com deficiência chegar aos dois pavimentos do prédio, além da construção de um memorial em homenagem a Renato Russo. Os espaços, as salas e as galerias serão equipados com sistemas de luz, som e projeção.

As obras atendem a exigências do Corpo de Bombeiros Militar do DF e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, que interditaram o prédio, em 2013.

Histórico do Espaço Cultural Renato Russo

Criado na década de 1970 como Espaço Cultural da 508 Sul, na W3 Sul, o Espaço Cultural Renato Russo teve como primeira exposição a arte do arquiteto japonês Kenzo Tange, em 1973. As demais alas foram abertas no mesmo ano e serviam de espaços para artistas cênicos ensaiarem espetáculos.

Criado na década de 1970 como Espaço Cultural da 508 Sul, na W3 Sul, o Espaço Cultural Renato Russo teve como primeira exposição a arte do arquiteto japonês Kenzo Tange, em 1973.

Criado na década de 1970 como Espaço Cultural da 508 Sul, na W3 Sul, o Espaço Cultural Renato Russo teve como primeira exposição a arte do arquiteto japonês Kenzo Tange, em 1973. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

O Teatro Galpão foi inaugurado em 1975. Em 1977, foi criado o Centro de Criatividade, onde ocorriam aulas, ensaios e oficinas artísticas. Depois de passar por revitalização arquitetônica, em 1986 — que possibilitou a passagem entre as avenidas W2 e W3 por dentro do local —, o espaço foi reinaugurado no formato atual em setembro de 1993 e rebatizado com o nome do músico que fez carreira em Brasília.

Outras reformas de equipamentos culturais

Além do Espaço Cultural Renato Russo, outros equipamentos culturais públicos devem ser restaurados. Em dezembro de 2015, o governo de Brasília começou a reforma do Centro de Dança do Distrito Federal (Setor Cultural Norte), que deve ser entregue à população em março de 2017.

De acordo com a Secretaria de Cultura, até meados de novembro, serão feitos a licitação para recuperar o Museu de Arte de Brasília (Setor de Hotéis e Turismo Norte) e o chamamento público para instalar o café do Cine Brasília (106/107 Sul). Hoje, a secretaria faz a recuperação de elevadores e dos aparelhos de ar condicionado da Biblioteca Nacional de Brasília e do Museu Nacional (Eixo Monumental) e a realização de reparos no Memorial dos Povos Indígenas (Eixo Monumental).

No primeiro semestre de 2017, terá início o processo de recuperação do Teatro Nacional Claudio Santoro.

Edição: Marina Mercante