24/05/2020 às 17:19, atualizado em 24/05/2020 às 20:14

Banco de Talentos vai expandir o raio de atuação no DF

Criado em maio de 2019, projeto da Sejus segue com oficinas on-line e retomará as feiras assim que terminar a pandemia de Covid-19

Por Agência Brasília * | Edição: Chico Neto

A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) vai ampliar as atividades desenvolvidas no projeto Banco de Talentos, criado em maio do ano passado para auxiliar na recuperação da autoestima, no empoderamento econômico e na independência financeira de mulheres vítimas de violência e em situação de vulnerabilidade. A meta é aumentar a oferta de cursos e feiras, assim que terminar a pandemia de Covid-19.

“A mulher vítima de violência não tem como sobreviver financeiramente e muitas vezes volta para o agressor por esse motivo”, atenta a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “Por isso é importante dar condições para que ela possa empreender e ter de onde tirar o seu sustento.”

O Banco de Talentos oferta cursos de formação e capacitação, assessoria para o ingresso ao mercado formal de trabalho e oficinas de aprendizagem artesanal, além de promover feiras para comercialização de produtos. Criado para atender às mulheres do Pró-Vítima, poderá contemplar outros segmentos.

Mais acolhimento

A meta, segundo Marcela Passamani, é incluir integrantes do grupo Atinúké – Mulheres Negras e Empreendedorismo, pessoas refugiadas, migrantes e mulheres da população LGBTI em situação de violência ou vulnerabilidade.

Atualmente, o Banco de Talentos presta assistência a 45 mulheres. Ao longo de seu primeiro ano, o projeto já organizou dez feiras em eventos e datas diversas, inclusive no âmbito do programa Sejus mais Perto do Cidadão, realizado em todas as regiões administrativas do DF.

Durante a pandemia de Covid-19, as feiras estão suspensas, mas algumas atividades do banco seguem normalmente. Há várias mulheres participando de cursos de capacitação e qualificação profissional on-line, desenvolvidos em parceria com o Sebrae, o Senac e o Senai.

Pró-Vítima

No ano passado, o Pró-Vítima atendeu 2.845 pessoas. Com o registro de que 59.9% das vítimas são mulheres, o programa também abrange outros segmentos. A participação pode ser espontânea – quando a vítima de violência poderá procurar e ser atendida em qualquer um dos postos do programa – ou por meio de encaminhamento por alguma autoridade, pessoa da comunidade, amigos e parentes. O Pró-Vítima também poderá entrar em contato com as vítimas de violência de casos noticiados por meio da mídia.

Os postos de atendimento do programa estão localizados na Estação Rodoferroviária (Ala central, térreo), no Paranoá (Conjunto 3, AED, Parque de Obras), no Plano Piloto (subsolo da Estação 114 Sul do Metrô), Ceilândia (EQNN 5/7, AE C, Ceilândia Norte) e no Guará (QELC Alpendre dos Jovens, Setor Lucio Costa).

* Com informações da Sejus