A partir deste ano, faixa etária para a imunização contra a doença passará de 24 a 29 anos

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06/01/2012 às 03:00

Ampliada faixa etária da vacina contra hepatite B

A partir deste ano, faixa etária para a imunização contra a doença passará de 24 a 29 anos

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    Secretaria de Saúde

    A partir deste ano, a vacina contra hepatite B terá a faixa etária ampliada de 24 anos para 29 anos, conforme determinação do Ministério da Saúde. De acordo com a diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Sônia Geraldes, a intenção é garantir a proteção a adultos jovens. Quem estiver nessa faixa etária e ainda não tiver sido vacinado deverá procurar o centro de saúde mais próximo da residência ou do local onde trabalha para receber a vacina.
     
    Sonia Geraldes destaca que o Ministério vem ampliando gradativamente a cobertura vacinal contra a hepatite B nos últimos anos. “Em 2010, passou de 19 para 24 e agora chegamos aos 29 anos”, informa. “O ideal seria imunizar todas as pessoas que não foram vacinadas na infância”, ressalta a médica. Proteger essa faixa etária é importante, afirma ela, pois ela é composta por pessoas sexualmente ativas e a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível (DST).
     
    Segundo Sonia Geraldes, as pessoas que integram essa faixa etária têm certa resistência em procurar os centros de saúde para a vacinação. “Muitos jovens acreditam que já estão protegidos, que receberam todas as vacinas quando eram crianças, mas isso nem sempre é verdadeiro”, ressalta.
     
    Os recém-nascidos da rede pública recebem a primeira dose ainda na maternidade. A imunização só é eficaz quando são administradas três doses, com intervalos de um mês após a primeira e seis meses após a segunda.
     
    A hepatite B é uma doença transmitida pelo vírus VHB, que infecta o fígado e causa um processo inflamatório crônico. A hepatite B crônica exige cuidados porque pode evoluir para cirrose hepática e câncer de fígado.
     
    O vírus da hepatite B pode sobreviver ativo no ambiente externo por até sete dias e é 100 vezes mais infectante que o HIV, o vírus da Aids. O período de incubação dura, em média, de um a quatro meses.
     
    Em 2009 foram registrados 288 casos de hepatite B em todo o Distrito Federal. Em 2010 houve uma queda no número de diagnósticos para 180. Já em 2011 esse índice voltou a subir e foram identificadas 349 pessoas com a doença. “Esse crescimento na notificação de casos não significa que houve aumento de pessoas infectadas”, salienta Sonia Geraldes, acrescentando que, por se tratar de uma doença que pode se tornar crônica, muitos diagnósticos demoram a ocorrer.
     
    Transmissão – O vírus da hepatite B está presente no sangue, na saliva, no sêmen e nas secreções vaginais da pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer por meio de pequenos ferimentos na pele e nas mucosas; pelo uso de drogas injetáveis; por transfusões de sangue (risco que praticamente desapareceu desde que o sangue dos doadores passou a ser rotineiramente analisado) e por meio de relações sexuais.
     
    A hepatite aguda pode passar despercebida porque a doença ou é assintomática ou os sintomas – náuseas, vômitos, mal-estar, febre, fadiga, perda de apetite, dores abdominais, urina escura, fezes claras, icterícia (cor amarelada na pele e conjuntivas) – não chamam a atenção. Outra particularidade é que a maioria dos pacientes elimina o vírus e evolui para a cura definitiva. Em menos de 5% dos casos, porém, o VHB persiste no organismo e a doença torna-se crônica.
     
    Prevenção – De acordo com o Ministério da Saúde, a partir dos 20 anos, quatro vacinas devem ser tomadas. A tríplice viral protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, e é aplicada em dose única. Já a vacina dupla adulto protege contra a difteria e o tétano, sendo necessária uma dose a cada dez anos. A vacina contra a febre amarela também deve ser aplicada uma vez a cada dez anos.