Mais do que formar atletas, os oito Centros Olímpicos do Distrito Federal oferecem educação, estímulo e disciplina a mais de 17 mil pessoas
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10/01/2012 às 03:00
Mais do que formar atletas, os oito Centros Olímpicos do Distrito Federal oferecem educação, estímulo e disciplina a mais de 17 mil pessoas
Suzano Almeida, da Agência Brasília
Diversos são os caminhos para chegar a um bom ou mau destino na vida. Quando se é jovem, o foco é disperso e, em muitas oportunidades, as escolhas que são feitas não são as melhores, causando reflexos no futuro de crianças e adolescentes. Preocupado em auxiliar esses jovens a distanciarem-se dos perigos das ruas e das drogas, os Centros Olímpicos do Governo do Distrito Federal (GDF) têm contribuído não apenas para o desenvolvimento das habilidades esportivas de crianças e jovens. Têm sido responsáveis, também, por proporcionar oportunidades de cidadania para mais de 17 mil pessoas, incluindo idosos.
Atualmente, o Distrito Federal conta com oito Centros Olímpicos, localizados nas cidades de Ceilândia, Gama, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião, Estrutural, Brazlândia e Santa Maria. Nesses locais, são oferecidos esportes diversos, tais como atletismo, voleibol, basquete, futebol, futsal e natação, dentre outros.
A ex-jogadora da Seleção Brasileira de Vôlei Feminino Ricarda Lima é uma das coordenadoras dos Centros Olímpicos. Ela viajou o mundo e conheceu diversas culturas, mas nunca deixou de querer fazer com que os mais carentes também tivessem oportunidades.
“Por todos os times que joguei quis realizar um trabalho social. Mais do que outro segmento, o esporte pode oferecer condições para que as crianças tracem objetivos e sejam bem sucedidas”, afirmou Ricarda, que participou de ações sociais quando disputou torneios pelos times do Unilever e da Finasa. “O esporte pode dar equilíbrio aos jovens”, destacou.
Saúde mental – O objetivo do projeto dos Centros Olímpicos é trabalhar não só a saúde física, mas também a mental. Motivo pelo qual, no programa de ensino que é apresentado a crianças, adolescentes, jovens, adultos e até mesmo idosos, são discutidos valores olímpicos e a importância das escolhas para todo ser humano. Outros pontos abordados são a teoria da relação entre esforço e recompensa e o trabalho realizado em prol da autoestima.
“Se a criança estuda tem a recompensa da nota. Assim acontece em todas as áreas da vida”, observou a coordenadora. “Trabalhamos duro para fazer tudo dar certo” completou Ricarda, ao contar que tem como referencial para seu trabalho o ex-técnico da Seleção Brasileira de Vôlei Feminino e atual técnico da Seleção Masculina, Bernardo Rezende. “Umas das coisas que aprendi com o Bernardinho foi sempre dar 100% de si e é o que queremos aqui”, afirmou.
De acordo com a ex-jogadora, pessoas de comunidades mais carentes, como as populações das cidades Estrutural e Samambaia, começaram a se conscientizar sobre a mudança de atitude que os Centros Olímpicos podem trazer e, por isso, estão preservando, por elas mesmas, os locais destinados à comunidade.
Campeões da vida – Além de Ricarda Lima, dois ex-atletas de ponta fazem parte da coordenação dos Centros Olímpicos: Carmem de Oliveira, do atletismo, e o ex-jogador de basquete Pipoka. Outros treinadores e atletas conhecidos nacionalmente, como a treinadora da Seleção Brasileira de Ginástica Acrobática, Marcelle Neves Rodrigues – que tem como aluna no Centro Olímpico da Estrutural a ginasta da Seleção brasileira Andressa Nogueira Tolentino – também trabalham nos Centros.
Apesar dos grandes nomes que fazem parte do quadro de professores e treinadores, Ricarda Lima enfatizou que o objetivo maior dos projetos não é formar alunos para competir, mas lhes oferecer cidadania. “Cresceremos gradativamente em todos os esportes, com ótimos professores. Mas não podemos garantir que daqui sairão atletas, pois nosso objetivo principal é o social. Termos alunos nas Olimpíadas de 2016 será consequência”, destacou.
Além dos inscritos nas modalidades esportivas, os Centros Olímpicos também têm o objetivo de garantir opção de lazer aos demais moradores das comunidades. A unidade de Samambaia é a primeira a ficar aberta nos finais de semana para o uso coletivo, ocasião em que os moradores podem usar a estrutura para lazer – uma ação que amplia a abrangência dos serviços oferecidos.
A professora Marcelle Neves Rodrigues, que trabalha na unidade da Estrutural, conhece bem os resultados do trabalho social. Há três anos, ela deixou de competir para dar aulas de ginástica acrobática. Desde o início de sua trajetória como treinadora, conviveu com crianças e adolescentes carentes em situação de pobreza e viu, no esporte, uma forma de ajudá-las. “Alguns alunos hoje fazem faculdade, mas poderiam estar em uma situação ruim”, constatou a professora, para quem o esporte ajuda porque “propicia valores coletivos e disciplina”.
Marcelle dá aula para cerca de 70 crianças, mas esse número deve aumentar. A treinadora da Seleção Brasileira de Ginástica Acrobática conseguiu, junto à Secretaria de Esporte do DF, criar 210 vagas em Centros Olímpicos para atender crianças de quatro a 17 anos.
Foto: Brito