Chuvas elevam o nível da água da barragem, que chega ao máximo de sua capacidade de segurança, e vertedouros são abertos

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11/01/2012 às 03:00, atualizado em 12/05/2016 às 17:55

Comportas abertas no Paranoá

Chuvas elevam o nível da água da barragem, que chega ao máximo de sua capacidade de segurança, e vertedouros são abertos

Por

    Suzano Almeida, da Agência Brasília

    Após um início de ano chuvoso, as comportas da Barragem do Paranoá foram abertas devido ao grande volume de pluviosidade. A barragem alcançou o volume máximo de segurança de 1.000,80m metros acima do nível do mar e ainda não há previsão de quando os vertedouros serão fechados.
     
    De acordo com o consultor de Recursos Naturais e Comercialização de Energia Elétrica da Companhia Energética de Brasília (CEB), Luciano Campitelli Conti, um dos vertedouros já estava aberto desde o início do ano, quando o nível de água alcançou 1.000,75 metros acima do nível do mar, mas o volume dispensado era pequeno. Com o aumento do nível de água da barragem, as comportas foram abertas em 50 centímetros cada, somando 1,5 metro de abertura, ou 60 metros cúbicos de vazão de água por segundo.
     
    “Esse volume é equivalente ao dobro do que passa pelas três turbinas que geram energia. Os motivos para a abertura são a segurança da própria barragem e uma resolução da Adasa (Agência Reguladora de Águas, Energia Saneamento Básico do Distrito Federal) que regulamenta que as comportas devem ser abertas ao chegar aos 1.000,80 metros acima do nível do mar”, explica Luciano Campitelli Conti.
     
    De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), somente nos dez primeiros dias de janeiro, choveu 131,4mm – o que corresponde a 53% do esperado para todo o mês.
     
    As comunidades que vivem próximas à Barragem do Paranoá não serão prejudicadas pela abertura das comportas. De acordo com Luciano Conti, o nível próximo à margem pode subir a quase um metro sem que elas sejam afetadas pelas águas dispensadas.
     
    Durante a abertura das comportas, é tocada uma sirene, que avisa a população uma hora antes da ação. A CEB conta, ainda, com o apoio de prevenção da Secretaria da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. São eles os responsáveis por fazer uma varredura dos locais que serão afetados pela vazão da água.

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    Foto: Pedro Ventura