Suzano Almeida, da Agência Brasília
A Casa Abrigo é um serviço destinado às mulheres vítimas de violência doméstica e que estejam em situação de risco em seus lares. A partir de agora, elas poderão realizar os cursos do programa Qualificopa, que têm como objetivo capacitar trabalhadores para atender as demanda da Copa do Mundo de 2014. O projeto é uma parceria entre as secretarias da Mulher e do Trabalho.
“As mulheres da Casa [Abrigo] normalmente não possuem renda, por isso ficam sujeitas à violência dos maridos. O Qualificopa é uma das vias para dar autonomia a essas mulheres”, destaca a secretária da Mulher, Olgamir Amância.
Para participar das aulas, as mulheres receberão alguns cuidados que evitam serem expostas, já que passaram por situações de violência e permanecem na Casa por ainda correrem riscos. A Secretaria da Mulher providenciará transporte e segurança. Elas também não poderão realizar cursos todas no mesmo local, ainda que optem pelos mesmos cursos. Outro ponto a ser observado é que as mulheres não poderão realizar seus cursos próximos ao local onde moravam até irem para a Casa Abrigo.
Segundo Olgamir Amância, as mulheres ficaram bastante felizes ao saberem que poderiam realizar os cursos, pois é uma maneira de melhorarem a autoestima abalada pela situação a que foram submetidas. “Este é um resgate dessas mulheres. Uma oportunidade concreta de recomeçar. A partir de agora essas mulheres passarão a ser donas dos seus destinos”, comemora a secretaria da Mulher.
Parceria – Nem todas as mulheres da Casa Abrigo poderão inscrever-se nos cursos do Qualificopa, já que um dos quesitos é ter concluído pelo menos a 5ª série do ensino fundamental. Apesar da barreira, esse não será um empecilho para que as mulheres da Casa Abrigo consigam sua autonomia financeira. A secretaria está firmando parceria com a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e o Instituto Federal de Brasília (IFB) para inseri-las no Programa Mulheres na Construção. Elas também terão a oportunidade de voltar a estudar, por meio do Programa DF Alfabetizado, lançado pelo Governo do Distrito Federal.
“Nós temos avançado muito. A questão da mulher é de governo e essa aliança repercutirá positivamente na vida de todas as mulheres”, declara a secretária.
De acordo com Olgamir Amancia, hoje estão na Casa Abrigo cerca de 25 pessoas, incluindo crianças pequenas que não podem ser separadas das mães.
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