Em entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, secretário de Publicidade Institucional, Abimael Nunes, explica como a pasta aproxima o governo do cidadão do Distrito Federal

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30/01/2012 às 03:00, atualizado em 12/05/2016 às 17:48

Publicidade democrática

Em entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, secretário de Publicidade Institucional, Abimael Nunes, explica como a pasta aproxima o governo do cidadão do Distrito Federal

Por

    Secretaria de Comunicação

    “Mais veículos de imprensa terão acesso às informações

sobre o que o GDF está fazendo e, consequentemente,

os mais diversos públicos também receberão essas

informações”

    Na capital dos concursos públicos, poucas publicações são tão esperadas quanto os editais de aberturas de vagas. A primeira divulgação desse tipo de documento é feita no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Dar maior visibilidade a essas informações é uma das atribuições da Secretaria de Estado de Publicidade Institucional (Sepi).

    Além de publicar atos, licitações e edições no DODF, a Sepi também é responsável por coordenar as campanhas publicitárias do governo e divulgar o Distrito Federal em todo o Brasil e até em outros países. Desde o começo de 2011, a Sepi democratizou a política de comunicação do GDF, incluindo veículos que em outros tempos estiveram excluídos da comunicação oficial, como, por exemplo, as rádios comunitárias.

    Para explicar essa mudança, a AGÊNCIA BRASÍLIA entrevista esta semana o secretário de Estado de Publicidade Institucional, Abimael Nunes de Carvalho. Ele explica como a Sepi planeja e executa suas funções, com grande repercussão entre o público.

    A Secretaria de Publicidade Institucional desempenha o papel estratégico de divulgar as políticas e os atos do governo, o que se constitui em serviço de utilidade pública. Como é planejada essa divulgação?

    A divulgação do governo esta sustentada nos seguintes pilares: a publicidade institucional ou regular, de caráter informativo, tem como objetivo informar a população sobre atos, obras, ações e programas governamentais, suas metas e resultados. A série GDF Faz é a principal expressão desse tipo de comunicação. É um produto veiculado semanalmente em praticamente todos os veículos de comunicação do DF. É por meio dele que damos conhecimento à população do dia a dia do governo. Eventualmente, complementamos com campanhas especiais, como os balanços da saúde, habitação, transparência e segurança que produzimos no ano passado.

    As campanhas de utilidade pública são aquelas que visam informar, alertar ou prevenir a população quanto à adoção de comportamentos que lhes tragam benefícios. São exemplos as campanhas de prevenção à dengue e de combate ao uso do crack, entre outras. Também há a publicidade legal, que atende aos ditames legais quanto à publicação de editais que o governo produz no seu dia a dia, sejam eles de licitações, serviços ou concursos públicos. Portanto, são diversas as necessidades de comunicação do governo e a Secretaria de Publicidade Institucional tem o papel de administrar o que será veiculado pelos órgãos e entidades governamentais.

    É a partir daí que surgem as demandas dos órgãos do governo?

    Sim. Eles nos solicitam campanhas ou ações publicitárias e nós coordenamos a criação, produção e a veiculação, sempre em conjunto com o órgão demandante. Provocadas por nós, as agências criam, as produtoras realizam e os veículos de comunicação transmitem. Além das campanhas demandadas por outros entes do GDF, no ano passado produzimos 76 comerciais institucionais da série O GDF Faz (versões de 1m e 30s), o que dá mais de um por semana.

    Qual o alcance dessas campanhas institucionais que o senhor citou?

    As pesquisas pós-teste mostram que o conteúdo do GDF Faz é facilmente compreendido pela população, tem um recall positivo em relação à trilha sonora e à apresentadora e que mensalmente as peças atingem 99% da população. As pessoas são impactadas em média quatro vezes por mês.

    Na última década, a verba federal destinada à publicidade deixou de se concentrar em grandes veículos para contemplar também os jornais e rádios regionais e até novas mídias, como blogs e páginas na internet. Isso também aconteceu aqui no Distrito Federal?

    No inicio da gestão, o governador Agnelo Queiroz determinou que deveríamos trabalhar para que a publicidade do GDF fosse a mais efetiva possível. Por isso, sem desconsiderar a importância dos grandes veículos, ampliamos e descentralizamos a presença publicitária do governo. O GDF já anunciava nos veículos de maior audiência, como as redes de televisão, os grandes jornais e as rádios mais ouvidas. O que fizemos foi aumentar a participação dos veículos comunitários nas campanhas, é óbvio que considerando a respectiva adequação. Hoje trabalhamos com mais de 200 veículos. Significa dizer que estamos no mais alto nível de democratização de investimento do mercado publicitário. Graças a esse trabalho, a Sepi recebeu o prêmio de destaque do ano pela Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda.

    E o que significa essa democratização para o público?

    Significa que mais veículos de imprensa terão acesso às informações sobre o que o governo está fazendo e, consequentemente, os mais diversos públicos também receberão essas informações. Por exemplo, campanhas sobre febre aftosa, focadas no setor agrícola, no meio rural, exigem que a veiculação seja feita por meios de comunicação com maior penetração nesse público. Às vezes a veiculação é feita em emissoras de rádio e jornais comunitários. Outras vezes, por meio de outdoors ou mobiliário urbano [como paradas de ônibus]. Nesse caso específico do exemplo citado, as rádios se mostraram mais adequadas.

    A Secretaria tem algum dado sobre a resposta ou o retorno do público a essas campanhas?

    Sim. Cada plano de mídia feito pela secretaria tem o objetivo de alcançar, pelo menos, 90% do público-alvo. Nossas pesquisas de pós-teste, como eu comentei, apontam que existe um recall [uma lembrança da marca, no jargão publicitário] de 99% da população, que tem informação sobre o GDF. Para se ter uma ideia, campanhas contra o crack, contra a dengue e pelo uso da faixa de pedestres tiveram grande aceitação pública e, por isso, atingiram seus objetivos.

    E para este ano? O quê a secretaria está planejando?

    Como a secretaria tem a tarefa de divulgar as realizações governamentais, vamos seguir a linha de prestar contas à população sobre o que o GDF está fazendo no seu dia a dia. Queremos aperfeiçoar essa comunicação. Uma das medidas para isso é monitorar os horários de TV e rádio, para saber como planejar exatamente os horários das nossas inserções e, assim, garantir o máximo de eficiência, para que a população tenha ainda mais facilidade em assimilar nossas informações. Já em relação às campanhas de utilidade pública, estamos fechando um calendário para o ano inteiro para sabermos em quais momentos essas campanhas serão necessárias. Agora mesmo no começo de fevereiro, devido à proximidade do carnaval, vamos fazer uma campanha de conscientização para incentivar o uso de preservativos e evitar certas doenças.

    Como a Secretaria de Publicidade lida com as novas mídias, como blogs e redes sociais?

    Uma boa comunicação pressupõe campanhas com maior penetração possível. Hoje não podemos desconsiderar a população que usa a Internet. As redes sociais, os blogs e os sites cada vez mais se consolidam como os melhores instrumentos para alcançar esse público. Então, se esses veículos se adequarem às campanhas publicitárias do governo, é importante que os utilizemos para disseminar as informações institucionais.

    Essas campanhas pelos veículos on-line podem ser vistas no mundo inteiro. Existe alguma estratégia para esses veículos com o objetivo de chamar a atenção dos turistas e impulsionar o setor turístico no Distrito Federal?

    No ano passado, a partir de demanda da Secretaria de Turismo, começamos uma campanha para intensificar o turismo no Distrito Federal. O início, de fato, ocorreu quando veiculamos um vídeo durante o Miss Mundo, que foi realizado em São Paulo e visto em mais de 60 países. Tivemos também ações no Rio de Janeiro, São Paulo, em virtude de eventos turísticos, e em revistas nacionais. E é claro que a internet é um instrumento importante para atrair turistas para o Distrito Federal. Neste sentido, a Secretaria de Turismo tem feito um trabalho excepcional de divulgação do Distrito Federal no Brasil e no Exterior. Nós a auxiliamos nessa tarefa, inclusive no que diz respeito à utilização de veículos on-line, como hotsites, entre outros.

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    Foto: Brito