Programa vai estimular a compra de produtos de agricultores familiares. A partir desta quarta-feira (8), 78 escolas públicas terão, inclusive, café da manhã

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07/02/2012 às 03:00

Agricultura familiar chega às escolas

Programa vai estimular a compra de produtos de agricultores familiares. A partir desta quarta-feira (8), 78 escolas públicas terão, inclusive, café da manhã

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Evelin Campos, da Agência Brasília

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, sancionou na tarde desta terça-feira, durante o I Fórum de Construção de Estratégias para Inclusão Socioprodutiva, a lei que cria o Programa de Aquisição de Produtos da Agricultura (Papa-DF). A nova legislação permite a compra direta pelo GDF de alimentos e produtos artesanais de pequenos agricultores rurais e organizações sociais do setor agrícola. Inicialmente, os alimentos serão distribuídos a escolas públicas e programas sociais do GDF.
 
“Vamos fornecer café da manhã a todas as escolas do Distrito Federal, preparado com alimentos nutritivos e de qualidade, produzidos por agricultores familiares. As crianças que se alimentam melhor aprendem com mais facilidade. Garantir a quantidade de calorias necessárias contribui para o crescimento saudável”, destacou o governador Agnelo Queiroz.
 
A distribuição das refeições nas escolas começará amanhã – primeiro dia letivo da rede pública – em 78 escolas, sendo 75 na zona rural e três em Itapoã, Sol Nascente (Ceilândia) e Estrutural. As demais escolas do Distrito Federal serão incluídas gradativamente no programa.  Além do café da manhã, os produtos comprados por meio do Papa-DF também serão utilizados na preparação do almoço e do lanche da tarde.
 
Durante a solenidade de sanção da lei, o governador reforçou também a importância do Papa-DF para os agricultores do Distrito Federal. “O programa fará com que o agricultor tenha mercado assegurado para os seus produtos. Isso garantirá mais qualidade de vida e possibilitará a geração de emprego e renda no campo”, apontou Agnelo Queiroz.
 
Compromisso com o desenvolvimento – O secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural do DF, Lúcio Valadão, ressaltou que a nova lei reafirma o compromisso do governo com o desenvolvimento da agricultura rural. “A oferta de uma vida mais digna à população do campo é um dos principais benefícios do programa. Dessa forma, o homem do campo pode permanecer no campo, não por obrigação, mas por ter, nessa área, a garantia de sua dignidade e do sustento de sua família”, defendeu.
 
Expansão – Além das escolas públicas, a compra de alimentos vai favorecer programas sociais coordenados pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest).
 
O secretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda, Daniel Seidl, reforçou que o Papa-DF irá conferir mais cidadania e qualidade de vida aos moradores mais necessitados do DF, especialmente aqueles da área rural. “Com a sanção da lei, damos um passo importante para a criação de um mercado seguro para nossa agricultura rural, contribuindo para a superação da pobreza extrema, que se concentra no campo”, destacou Daniel Seidl.
 
Futuramente, o projeto será expandido para atender, ainda, hospitais e abrigos públicos, restaurantes comunitários e unidades do sistema prisional.
 
Fórum – Promovido pela Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri), em parceria com a Sedest, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF) e as Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF), o I Fórum de Inclusão Socioprodutiva do DF tem o objetivo de discutir projetos que fomentem a geração de renda e a inclusão produtiva da população rural. Nesta primeira etapa, realizada hoje, o evento recebeu cerca de 300 produtores, representantes e lideranças do setor. Outros dois módulos estão previstos para os dias 11 e 29 de fevereiro.