Cerca de 500 foliões acompanharam um dos blocos de rua mais tradicionais de Taguatinga, atraídos pelas marchinhas à moda antiga e pelo clima de descontração familiar

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19/02/2012 às 03:00

Mamãe Taguá relembra passado

Cerca de 500 foliões acompanharam um dos blocos de rua mais tradicionais de Taguatinga, atraídos pelas marchinhas à moda antiga e pelo clima de descontração familiar

Por

Carlos Rezende, da Agência Brasília

Embalado pelas marchinhas dos antigos Carnavais, o bloco Mamãe Taguá saiu da CNB 14 em direção à Praça do DI, em Taguatinga, na tarde deste sábado (18), com cerca de 300 foliões. Ao final do percurso, eram mais de 500 atraídos pelo clima familiar e contagiante de festa de rua.
     
Ala de bonecos gigantes, palhaços com pernas de pau, puxadores de marchinhas e percussionistas eram acompanhados por uma bicicleta fantasiada e equipada com uma mesa de som e um amplificador. “Esse aqui é o Jegue Hightech”, disse o técnico em eletrônica Lincoln Cimas, 48 anos. “Segunda vou trazer a cabrita cibernética”, completou o folião, que há mais de 15 anos acompanha o bloco.
     
“Todos os anos a gente vive uma emoção diferente. A participação de crianças, idosos e pessoas de todas as idades é emocionante demais. Quero continuar participando e ajudando essa festa bonita até quando eu tiver forças para pedalar meu jegue e minha cabrita”, brincou Cimas.
     
O promotor de vendas Marco Henrique da Fonseca Júnior, 31 anos, acompanhado da esposa, Cibele Menezes Figueiredo, também 31 anos, e a filha, Sophia Menezes da Fonseca, 4 anos, desceram do apartamento que fica no trajeto do Mamãe Taguá para se juntar aos foliões. “O bloco está de parabéns, pois está relembrando os antigos carnavais que a gente havia esquecido”, destacou Marco.
     
A professora Neiva Torquato, 43 anos, e sua filha, Rafaela Rodrigues, 22 anos, também não resistiram e caíram na folia. “já sabíamos que o Mamãe Taguá ia passar por aqui. O nosso plano era ficar na janela para assistir o desfile, mas não deu, estava tão divertido que não aguentamos e nos juntamos à folia”, admitiram mãe e filha.
     
Segundo o presidente do bloco, o artista plástico Jorge Cimas, 54 anos, o Centro de Cultura Mamãe Taguá organiza, durante todo o ano, oficinas de bonecos, tambores e outros adereços em escolas públicas de Taguatinga. “No Carnaval nós apresentamos o trabalho que é realizado com os estudantes”, explicou Cimas.
     
Ao chegar à Praça do DI, o Bloco Mamãe Taguá se juntou a um outro bloco tradicional de Taguatinga e com influências religiosas africanas, o Àsé-Dúdú. Ao todo, mais de mil pessoas aguardavam no local para participar da festa conjunta e ver a lavagem simbólica da praça, realizada por cerca de 60 baianas, com o objetivo de trazer energias positivas e muito axé para o Carnaval de 2012.

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