Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, Codeplan divulga Boletim Especial sobre a inserção feminina no mercado de trabalho
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06/03/2012 às 03:00
Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, Codeplan divulga Boletim Especial sobre a inserção feminina no mercado de trabalho
Da Redação
Foi divulgada nesta terça-feira (6) a Pesquisa de Emprego e Desemprego do Distrito Federal (PED/DF) – Boletim Especial Mulheres, que mostra os indicadores da inserção feminina no mercado de trabalho do DF. Elaborado com base nos dados do período 2010-2011, o estudo apontou queda no índice de desemprego entre a população feminina, passando de 16,7% para 15,1%. Essa redução representa 12 mil mulheres. Já a taxa de desemprego masculina caiu, no mesmo período, de 10,7% para 9,9% (5 mil homens).
O estudo foi elaborado pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a Secretaria de Trabalho do DF (Setrab) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
De acordo com os dados, o total de desempregados no Distrito Federal caiu de 191 para 174 mil no período, totalizando 17 mil pessoas. A redução no contingente de mulheres desempregadas mostra, de acordo com a análise da pesquisa, que diminuiu a desigualdade de gênero no acesso ao mercado de trabalho. Apesar do avanço, em 2011 as mulheres seguiram como minoria entre os ocupados (47%) e maioria entre os desempregados (59,2%).
A secretária da Mulher, Olgamir Amancia Ferreira, atribuiu a disparidade a uma cultura construída ao longo do tempo. “Historicamente, a mulher foi colocada em desvantagem em relação ao homem, em uma sociedade ainda machista. Mas ela vem ocupando espaço no mercado de trabalho e buscando cada vez mais qualificação, assumindo áreas onde antes predominavam os homens”, destacou a secretária.
A pesquisa mostra, ainda, que em 2010 a População Economicamente Ativa (PEA) do DF era de 1,4 milhão. Desse total, 1,209 milhão possuía ocupação. Em 2011, a PEA aumentou em 3 mil, ao passo que a população ocupada saltou para 1,229 milhão. Dos 20 mil novos empregados, 13 mil eram homens e 7 mil, mulheres. A saída do mercado de trabalho foi o principal motivo da redução de mulheres desempregadas. Já para os homens o desemprego diminuiu devido ao aumento da ocupação.
Presença feminina – A inclusão das mulheres na PEA sofreu redução, com recuo na taxa de participação da População em Idade Ativa (PIA), a partir de 10 anos de idade, passando de 58,7%, em 2010, para 56,9%, em 2011. Entre os homens esse indicador também caiu de 71,1% para 69,3% no mesmo período. A queda demonstra aumento de inativos no mercado de trabalho.
A pesquisa mostrou expansão do nível ocupacional, que tem provocado redução no desemprego. O incremento ocupacional feminino foi de 1,2%, contra 2% dos homens. A entrada das mulheres foi registrada em quase todos os setores da atividade econômica, com destaque para as áreas de comércio e de serviços. Apenas na indústria não houve aumento da atividade feminina.
Outra mudança ocorreu no setor de serviços domésticos, onde houve redução de 6,7% no número de mulheres ocupadas. A explicação está na ampliação do horizonte profissional feminino, segundo a coordenadora da pesquisa do Dieese, Adalgiza Lara. “As mulheres estão se preparando para chegar bem no mercado de trabalho e elas estão migrando para outros setores”, disse.
Salário – O rendimento médio real aumentou para homens e mulheres em 2011. O valor recebido pelas mulheres subiu de R$ 1.759 para R$ 1.766, o que representou um acréscimo de 0,4%. Os homens, que ganhavam R$ 2.419 em 2010, passaram a receber R$ 2.434, com aumento de 0,6%.
A subsecretária de Qualificação no Trabalho, da Setrab, Veruska Alves, afirma que eliminar a diferença salarial entre homens e mulheres é um dos grandes desafios. “As mulheres têm várias conquistas, mas ainda existe uma diferença grande entre os rendimentos por uma percepção preconceituosa em relação à mulher”, observou a subsecretária.