GDF mobiliza população no combate a crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Nestes primeiros meses do ano, foram registrados 25 casos

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16/03/2012 às 03:00

Blitz contra a Pedofilia em Ceilândia

GDF mobiliza população no combate a crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Nestes primeiros meses do ano, foram registrados 25 casos

Por

Suzano Almeida, da Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejus), realizou, na manhã desta sexta-feira (16), no centro de Ceilândia, a Blitz Contra a Pedofilia. A iniciativa busca levar informações à população de grandes centros sobre como combater esse crime. As abordagens são feitas por meio de panfletos e conversas com motoristas e pedestres dessas localidades. A ação faz parte do Projeto Brasília Sem Pedofilia, coordenado pela Subsecretaria de Direitos Humanos da Sejus.
 

Esta é a terceira mobilização de combate a crimes sexuais contra crianças e adolescentes no DF, em 2012. Desde o início do ano, a Blitz Contra a Pedofilia já esteve no Plano Piloto e em Taguatinga. Depois de Ceilândia, será a vez de Planaltina, em data ainda a ser definida.
 

 “A pedofilia é um crime que não respeita classe social. Está por toda parte. Porém, as localidades mais vulneráveis são as de classe mais baixa. Mas, por exemplo, o Plano Piloto ainda tem muitos casos”, alerta o subsecretário de Direitos Humanos da Sejus, Todi Moreno. Em Ceilândia, cerca de 2 mil pessoas foram mobilizadas durante a ação.
 

De acordo com a Secretaria, somente nestes primeiros meses do ano, foram registrados 25 casos de abusos contra crianças e adolescentes. Para o subsecretário, a melhor forma de enfrentar o problema é com a informação, já que não há um perfil que defina o pedófilo, que pode ser um parente ou alguém próximo à família da vítima.
 

Sinais de violência – “Os pais devem ficar atentos a sinais, como o recebimento de presentes, visita a casa de amiguinhos e mudanças no comportamento das crianças. Para isso, é muito importante manter o diálogo e jogar aberto sobre a questão da pedofilia, sempre respeitando a maneira com que a criança entende o assunto”, explica Todi Moreno.
 

Outros sinais que podem indicar abuso são: o interesse sexual excessivo ou rejeição a qualquer assunto relacionado; comportamento inapropriado para a idade; baixo rendimento escolar; aversão a contato físico; falta de apetite, insônia e hematomas pelo corpo.
 

Denúncias podem ser feitas pelo Disque 100 ou para a Polícia Civil, no número 197. Ou ainda: procurar o Conselho Tutelar mais próximo, no Ministério Público. A identidade do denunciante será mantida sob sigilo. Os interessados em solicitar palestras sobre o assunto também podem entrar em contato com a Sejus pelo telefone 2104-1907 ou 2104-1904.
 

“Muitas pessoas não sabem o que é a pedofilia e somente uma parte delas não quer receber os folderes. Algumas nem se interessam pelo assunto. Mas aos poucos vamos quebrando os tabus sobre o tema”, diz a assessora da Coordenação de Direitos Humanos da Sejus, Jaqueline Carneiro.
 

Ação agrada à população – O motorista Cleibe de Lins Araújo foi abordado pela equipe da Secretaria de Justiça enquanto estava esperando abrir o sinal, próximo à Caixa D’Água do Centro de Ceilândia, e aprovou a ação. “Este tipo de acontecimento é bom para informar sobre o assunto, que precisa ser melhor tratado. A gente só houve falar de pedofilia quando vê na televisão e logo depois as pessoas esquecem.”
 

A equipe da Sejus também visitou o comércio da região e a Feira Central de Ceilândia, onde conversou com feirantes e clientes que transitavam pelo local. A advogada Maria Juliana Guimarães diz que conheceu casos de pedofilia ao longo de sua carreira e aprovou a iniciativa. “Hoje muitas pessoas precisam trabalhar e deixam seus filhos. Estas campanhas são muito importantes para informá-los, afinal as crianças vítimas dessa violência estão sofrendo”.
 

Brasília sem Pedofilia – O projeto começou em maio de 2011, levando para as escolas palestras que alertam sobre o tema, onde até o momento, mais de 40 mil ouvintes já assistiram, entre pais, alunos e professores. Foram 81 palestras em escolas públicas e privadas nas mais variadas regiões administrativas do DF e 24 blitzen em diversos pontos estratégicos.
 

Serviço

Denúncias – Disque 100 ou 197 (Polícia Civil)
 

Solicitação de palestras – 2104-1907 ou 2104-1904.

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