02/05/2012 às 15:00

Debate sobre prevenção ao uso de drogas no DF

Secretaria de Justiça do Distrito Federal convocou representantes das administrações regionais para apresentar projetos de prevenção e acolher sugestões

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. Foto: Pedro Ventura

Evelin Campos, da Agência Brasília

 

A Secretaria de Justiça do Distrito Federal (Sejus) realizou hoje (2), no Salão Nobre do Palácio do Buriti, uma reunião com representantes das regiões administrativas. O objetivo foi debater formas de prevenção dentro do Plano Distrital de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, que também atua sob os pilares de repressão ao tráfico e consumo e de recuperação de usuários.

 

Durante o encontro foram acolhidas sugestões de ações para prevenir o uso de drogas por meio de políticas integradas e mobilização social. Segundo o secretário de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do DF, Alírio Neto, a efetividade do combate às drogas no DF depende do envolvimento de todas as esferas do governo.

 

“Não dá para fazer mobilização social sem que o próprio governo esteja engajado, e as administrações regionais são fundamentais nesse processo. A participação da sociedade civil e da comunidade também é importante neste contexto. O foco principal do governo junto às cidades é a prevenção, que ainda é a vacina contra a dependência química”, destacou o secretário.

 

Após assistirem à apresentação de um vídeo institucional sobre o Plano, os representantes das administrações puderam conhecer alguns projetos que já estão sendo executados e exigem a participação das RAs. Entre eles o mapeamento de comunidades terapêuticas para firmar convênios com o GDF. “Estamos oferecendo 250 vagas, mas apenas 90 foram preenchidas. Estamos pagando R$ 1,2 mil por leito e precisamos de vocês para incentivar a participação das entidades”, explicou Alírio.

 

A inauguração de centros olímpicos, que estão com inscrições abertas para atividades desportivas, e o sucesso das campanhas publicitárias do governo foram destacados como ações estratégicas do Plano.

 

Conscientização – Outro projeto exposto foi o de promoção de peças teatrais e palestras de conscientização sobre os perigos das drogas. A ideia é que as administrações disponibilizem espaços para esses eventos e comuniquem à Sejus.

 

“De acordo com a Organização Mundial da Saúde, de cada dez dependentes químicos, quatro morrem, três têm recaídas e os outros três conseguem sair do vício, mas precisam ficar em acompanhamento constante. Ou seja, o melhor é evitar que as pessoas se envolvam com drogas”, reafirmou Alírio Neto.

 

O secretário de Justiça pediu ainda que as administrações ajudem na identificação de pessoas interessadas em realizar cursos de formação para palestrantes sobre prevenção às drogas. Como sugestão, Alírio Neto indicou frentes como lideranças comunitárias, conselhos de segurança, órgãos de saúde, regionais de ensino, corpo de bombeiros, associação de moradores, prefeituras comunitárias, associação comercial, entidades de classe e ONGs.

 

Além de dar sugestões de projetos que podem ser incorporados ao Plano, os representantes das administrações recomendaram a realização de reuniões com as secretarias de Segurança Pública, de Saúde e de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda. O objetivo é ampliar a ação integrada. A ideia foi acatada pela Sejus, que informou que serão feitas reuniões setorizadas entre as secretarias e, no máximo, duas administrações regionais por vez, para acompanhamento das demandas e ações.

 

O Plano – O programa Viva a Vida sem Drogas é uma iniciativa do Governo do Distrito Federal no enfrentamento à disseminação, ao consumo e ao tráfico de drogas em nossa comunidade, além do uso abusivo de álcool. Para isso, o governo está atuando em todas as frentes, por meio da união entre 15 secretarias de Estado que, juntas, estão desenvolvendo um amplo leque de ações, programas e investimentos em todo o DF.

 

As ações de enfrentamento ao crack e a outras drogas têm como fundamento a articulação permanente entre as políticas e ações de saúde, assistência social, segurança pública, educação, direitos humanos, juventude, crianças, entre outras, executadas de forma descentralizada e integrada.