08/05/2012 às 16:17

GDF comprometido com Ação pela Vida

Secretaria de Segurança Pública se reuniu hoje com representantes das forças de segurança, da comunidade e especialistas. Objetivo foi debater o primeiro dos oito eixos criminais do programa

Por Evelin Campos, da Agência Brasília


. Foto: Lula Lopes

O Governo do Distrito Federal está empenhado em colocar em prática o programa Ação pela Vida – Integração e Cidadania, criado para enfrentar a criminalidade no DF por meio da atuação conjunta das forças de segurança. Para isso, a Secretaria de Segurança Pública promove reuniões periódicas para apresentação de números, ações e metas para cada eixo criminal proposto no programa.

Na manhã de hoje (8), a Secretaria de Segurança realizou o terceiro encontro, para debater o eixo de Crimes Violentos Letais Intencionais, os chamados crimes contra a vida. Estavam presentes servidores da Polícia Militar (PMDF), da Polícia Civil (PCDF), do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) e do Departamento de Trânsito (DETRAN-DF), além de representantes comunitários, especialistas e estudiosos do assunto.

“Esta fase é a coluna vertebral do projeto. Estamos estabelecendo metas conforme a necessidade de cada região administrativa. Vamos priorizar as ações de acordo com as demandas e acompanhar os resultados das metas. Trata-se de uma iniciativa inédita no DF, que estamos começando do zero”, destacou o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar.

A integração entre os comandantes e delegados das quatro Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP) – Leste, Oeste, Sul e Metropolitana – que abrangem as 31 regiões administrativas é outro objetivo da reunião. Esses profissionais, que integram os Conselhos Operacionais Regionais (COR), são responsáveis por coordenar as ações em cada área.

Articulação – As duas primeiras reuniões realizadas pela Secretaria de Segurança Pública serviram como apresentação do programa, que funcionará com sistema de integração geográfica de segurança pública, voltado à integração operacional entre os órgãos do sistema de segurança pública.

A exemplo da reunião desta terça-feira, os próximos encontros terão como tema os demais eixos criminais do programa: Crimes contra o Patrimônio, Tráfico de drogas, Armas de fogo, Violência no trânsito, Pacificação social, Entorno (reflexos) e Atos Infracionais cometidos por adolescentes, incluído na última reunião. A ideia é que essas reuniões gerem metas específicas para cada região do DF a partir da meta geral, que é reduzir em 8% nos índices de violência.

Em todas as reuniões, a secretaria convidará especialistas para fazer exposições dentro de cada eixo. Nesta terça-feira, a delegada-chefe da Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida), Rosana Gonçalves, apresentou estatísticas, diagnósticos e ações de repressão aos homicídios em todo o DF. De acordo com o cronograma estipulado, a implantação do programa deve ocorrer dentro de 90 dias a partir do lançamento da iniciativa, ocorrido no dia 20 de abril.

Após esse período, serão realizadas plenárias mensais com a presença do governador Agnelo Queiroz, de secretarias ligadas direta ou indiretamente à segurança, empresas públicas estratégicas na prevenção de crimes, como a Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), e órgãos da sociedade civil.

Participação popular – A próxima etapa do programa, ainda não iniciada, prevê a realização de audiências públicas periódicas com representantes das forças de segurança, órgãos de governo, Conselhos de Segurança Pública (Conseg) e a comunidade. Segundo Sandro Avelar, a efetividade do programa também depende do envolvimento da população. “Estamos desenvolvendo, ainda, uma política de comunicação conjunta para divulgar estatísticas, ações e resultados. Nossa intenção é viabilizar o debate com a população por meio de um processo participativo”, explicou o secretário.