17/06/2012 às 20:51, atualizado em 12/05/2016 às 18:15

Estádio Nacional é modelo em sustentabilidade

Arquitetos apresentaram as características que fazem da ecoarena cadidata a receber certificação ambiental reconhecida internacionalmente

Por Da Redação

Os arquitetos responsáveis pelo projeto do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, Vicente Castro Mello e Ian Mckee, participaram durante a tarde de sábado (16) de palestra sobre sustentabilidade na Copa do Mundo 2014, na conferência Rio+20, com representantes do Green Building Council – conselho internacional responsável pela certificação de projetos verdes, e do comitê brasileiro do mundial. Dez estádios brasileiros aguardam certificação ambiental, entretanto apenas o do DF apresenta as características exigidas para o selo Leed Platinum, cartificação máxima em sustentabilidade.

No evento, foram apresentados todos os aspectos do estádio que conferem o reconhecimento do setor ambiental. Hoje, nenhum estádio de futebol no mundo possui o selo Platinum. Alem dos arquitetos, participaram da mesa de apresentação José Moulin Netto, vice-presidente do Green Building Council Brazil, Roger Platt, vice-presidente do US Green Building Council, Terry Hodgins, Ernst & Young, e Cláudio Langone, coordenador de sustentabilidade do comitê brasileiro da Copa.

Sustentabilidade – Seguindo o conceito de arena verde, a construção do estádio usa materiais recicláveis ou reciclados. Tudo o que saiu do antigo estádio foi reaproveitado na própria obra ou distribuído para cooperativas de reciclagem do Distrito Federal. Depois de pronto haverá captação de energia solar e de água da chuva. A ecoarena será capaz de gerar 2,5 megawatts de energia, o que corresponde ao abastecimento de mil residências por dia.

A cobertura segue o mesmo conceito. O revestimento será executado com membrana de tecido revestido de politetrafluoretileno (PTFE) com Dióxido de titânio (TiO2), que é uma combinação de fibra de vidro (material base) revestido de PTFE com tratamento fotocatalítico sobre a superfície. Além de liberar a passagem de iluminação natural, o tecido tem maior reflexão dos raios solares, reduzindo o calor interno e, consequentemente, a necessidade do uso de ar condicionado e outro tipo de ventilação artificial.

A composição da cobertura ainda torna o ar significativamente mais puro pela decomposição de óxidos de nitrogênio (NOx) contidos na atmosfera, provenientes de gases emitidos por veículos e outras fontes. Assim, o volume de remoção de NOx pela cobertura do Estádio Nacional será equivalente a retirar 104 automóveis ou 75 caminhões das ruas a cada hora que o sol estiver refletindo.

Por conta da responsabilidade social com os operários, o estádio obteve, este ano, o certificado SA 8000 – Social AccountAbility 8000. O selo atesta a aplicação de práticas sociais do emprego e foi criado com base nas normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Declaração Universal dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas.

Rio+20 – Os diferentes aspectos de sustentabilidade e as modernas tecnologias verdes do Estádio Nacional são o cartão de visita do Distrito Federal durante a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. 

Inspirado na arrojada arquitetura da arena, o stand localizado no Parque dos Atletas apresenta detalhes do projeto além das praticas de sustentabilidade desenvolvidas nos diversos órgãos do GDF. Os visitantes podem ver de perto a maquete oficial do estádio, além de realizar o plantio de mudas nativas do cerrado nos parques do DF, por meio do software do projeto Plante uma Árvore.