20/07/2012 às 22:26

Transplantes de órgãos aumentam 100% este ano no DF

Número de cirurgias dobrou em relação ao mesmo período do ano passado

Por Secretaria de Saúde

“Nunca fizemos tantos transplantes”, comemora a coordenadora da Central de Captação de Órgãos do Distrito Federal, Daniela Salomão. Levantamento mostra que, no primeiro semestre deste ano, foram realizados 331 procedimentos, enquanto no mesmo período de 2011 o total foi de 189. Os dados se referem a transplantes de rim, coração, córnea e fígado.

O Distrito Federal é o primeiro colocado no ranking nacional de transplantes de coração e o segundo de córneas, em números proporcionais, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos. Em alguns casos, como no transplante renal, houve aumento acima de 100%. No primeiro semestre do ano passado, foram realizadas 23 cirurgias renais, enquanto em 2012 já foram feitas 50. O número de cirurgias de córnea também registrou um grande crescimento: de 161 em 2011, pulou para 255 em 2012. 

De janeiro a junho, também foram realizados 17 transplantes de fígado e nove de coração, contra apenas cinco operações cardíacas no mesmo período de 2011. O DF foi credenciado em novembro para realizar cirurgias de fígado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Para o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, que atuou durante 26 anos na área de transplantes, o bom resultado obtido é fruto de trabalho e dedicação. “Quando assumimos a pasta, a transplantação de córnea estava descredenciada. O mesmo acontecia com o de rim, e o de fígado estava parado há mais de quatro anos”, ressalta. Segundo ele, a primeira decisão da nova gestão da SES foi colocar os transplantes como prioridade de governo e, assim, investir na criação de uma estrutura totalmente diferente no Hospital de Base. 

Além de captar doadores em todo o DF, a Central de Captação tem buscado doações em outros estados. “Este ano, já captamos nove órgãos em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás”, revela Daniela Salomão. Segundo ela, em várias ocasiões, as equipes do DF tiveram o apoio da Força Aérea Brasileira e do Corpo de Bombeiros para transportar as doações em tempo hábil para a cirurgia. 

O aumento no número de cirurgias pode ser creditado a outros fatores, além da melhoria da estrutura da SES. “Estamos aproveitando vários órgãos do mesmo doador e envolvendo as equipes que trabalham nas emergências e unidades de terapia intensiva na captação e manutenção de potenciais doadores”, aponta Daniela. 

Outro fator importante é o aumento no número de doares. “As famílias têm se sensibilizado e vêm doando órgãos com regularidade”, destaca a coordenadora da Central de Captação de Órgãos. Enquanto no primeiro semestre do ano passado foram 15 doadores residentes no DF, este ano, de acordo com ela, já surgiram 25.