08/08/2012 às 22:17, atualizado em 17/05/2016 às 14:22

Iluminação e lazer em Ceilândia

Na série semanal de entrevistas com administradores regionais, Ari de Almeida apresenta à AGÊNCIA BRASÍLIA os projetos em andamento e os planos para o futuro de Ceilândia

Por Lúria Rezende, da Agência Brasília


. Foto: Brito

Formado em ciências sociais e com especialização em história, o administrador de Ceilândia, Ari de Almeida, afirma conhecer os problemas da cidade desde criança. Ele assumiu a administração logo no início da gestão do governador Agnelo Queiroz e enfatiza as ações realizadas nessa gestão, como obras de urbanização e investimento de R$ 5 milhões em iluminação pública

Como funcionará o Domingão do Lazer?

O Domingão do Lazer é inspirado no Eixão do Lazer. A ideia é utilizar avenidas extensas de Ceilândia, trazer vários equipamentos e reunir jovens, adultos e crianças uma vez por mês. Queremos mostrar à população que podemos ficar na nossa cidade, ter o próprio lazer e diversão, sem precisar sair. A nossa intenção é começar neste mês, na área em frente à administração regional, que servirá de apoio. Das 8h às 18h teremos atividades esportivas e ações sociais, com a participação de órgãos do governo. Essa experiência será o pilar para definirmos se o projeto será itinerante.

Como é o projeto Ceilândia Iluminada?

Em um ano investimos R$ 5 milhões neste projeto. É um número muito positivo. Traçamos um plano para identificar as regiões da cidade carentes de iluminação. Existiam muitas áreas escuras. O plano vem para melhorar as condições de vida, a autoestima, a segurança e as opções de lazer do morador. Porque quando existe iluminação, as pessoas podem usar os equipamentos públicos disponíveis. Recentemente finalizamos a primeira fase do projeto em todas as entrequadras. A segunda fase consiste na iluminação do restante da cidade. Já começamos pela QNN 11 e queremos concluir a segunda etapa até o meio do ano que vem. Temos quase um ano para triplicar a iluminação pública urbana em Ceilândia.

O que é a Ouvidoria Itinerante?

É a forma de aproximar o governo do cidadão. Por exemplo: às vezes o cidadão quer fazer uma reivindicação, reclamação, elogio ou opinar e não quer usar os serviços de comunicação social ou o 156. A Ouvidoria Itinerante leva o governo até uma determinada população. É oferecer um lugar para que as pessoas possam reclamar, elogiar e dar sugestões. A primeira atividade ocorreu em julho. A próxima está marcada para este mês, no Setor O. Das demandas recebidas, 70% são de resolução e 30% de encaminhamento para outros órgãos competentes, como CEB ou Caesb. Toda elas terão resposta.

E o Quiosque Legal?

O projeto surgiu da necessidade de arrumar a cidade, que não teve seu desenvolvimento urbano, regras e leis de ocupação do solo respeitados. Ceilândia tinha 500 quiosques em 2011. O Quiosque Legal é, primeiramente, para reconhecer o comerciante. Depois emitiremos o termo de permissão, que hoje a maioria não tem. Apenas 2% ou 3% têm a permissão, ou seja, 97% construíram porque viram todo mundo construindo, sem licença, sem fiscalização. Queremos tirar esses pequenos empresários da clandestinidade, fazer com que se tornem empreendedores individuais. Além da licença de funcionamento, o programa capacitará, por meio de curso no Sebrae, o quiosqueiro de acordo com a atividade econômica que ele desenvolve.

Como está a instalação do Centro de Referência Especializada em População em Situação de Rua?

A população de Ceilândia não tem que ter atenção no Plano Piloto, Taguatinga ou no Guará. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), nós temos 180 moradores em situação de rua. Esse número nunca será exato. O objetivo do Centro Pop e do Albergue é servir e atender a população de Ceilândia. O que não pode acontecer é o Centro Pop e o Albergue de Ceilândia atenderem pessoas de todo o DF. Se isso acontecer teremos um colapso. Estamos em discussões diretamente com a Sedest para definirmos a instalação do Centro Pop.

E como estão as reformas das feiras?

Ceilândia tem oito feiras e todas estão recebendo melhorias: construção de banheiros, pintura, e serviços como a instalação do Na Hora no Shopping Popular, que não tinha movimento. Com isso, pretendemos aumentar o fluxo de pessoas nesses espaços. A Feira do Produtor existe há aproximadamente 20 anos e nunca passou por reforma. A primeira foi agora, nesta gestão. Trocamos 8 mil m² de piso da pedra central e estamos ampliando a cobertura e o forro devido aos problemas provocados por aves. Essas melhorias atendem as necessidades de produtores e empresários. Quando investimos nas feiras, reconhecemos seu grande valor cultural para a cidade. É a primeira vez que todas elas receberam alguma melhoria. A pretensão é chegar em 2014 com todas as nossas feiras revitalizadas.