02/09/2012 às 16:30, atualizado em 17/05/2016 às 14:18

BRB investe em desenvolvimento

Na série de entrevistas da AGÊNCIA BRASÍLIA, o presidente do BRB, Jacques Pena, destaca as conquistas do banco e as metas para o futuro

Por Evelin Campos, da Agência Brasília


. Foto: Hmenon Oliveira

Com saldo positivo em todos os seus indicadores, o Banco de Brasília apresentou resultados promissores no 1º semestre de 2012. O lucro líquido de R$ 115 milhões foi o maior da história da instituição para o período, e o patrimônio registrou crescimento superior a 9%. Outro destaque foi o aumento do crédito para segmentos importantes, como micro e pequenas empresas e agricultores familiares.

As condições diferenciadas garantiram a permanência dos servidores do Distrito Federal como os principais clientes do banco e impulsionaram as operações, cenário que tem permitido o investimento em estrutura. “Voltamos a abrir agências e lojas bancárias, que saltaram de 90 para 200”, afirmou o presidente do BRB, Jacques Pena, entrevistado desta semana da AGÊNCIA BRASÍLIA.

Com metas ambiciosas de crescimento para a instituição, o economista revela os planos de expandir a carteira de clientes aos servidores públicos da União e fala sobre o potencial do BRB para se tornar banco de fomento da região Centro-Oeste.

1 – O balanço do 1º semestre de 2012 do BRB foi muito positivo, com lucro líquido recorde para o período e o maior retorno do investimento entre os bancos médios. Como esses resultados foram alcançados?

O que contribuiu para que o banco tivesse bons resultados no primeiro semestre, superando os resultados da grande maioria dos bancos num momento em que houve forte movimento nas taxas, foi a manutenção da  sua mais importante clientela, que são os servidores do Governo do Distrito Federal. Além disso, o banco fez um esforço muito grande de ampliação para as pessoas jurídicas, crescendo 39,2% nas operações com empresas. Particularmente, também se destacaram dois segmentos: o imobiliário e o rural, setores em que as operações superaram as médias de anos anteriores.

2 – O BRB também ampliou consideravelmente a oferta de crédito para os pequenos produtores e as micro e pequenas empresas, certo?

Sim. Além da liberação de R$ 73 milhões para o agronegócio, houve aumento na carta de crédito para a agricultura familiar, com a aplicação de R$ 1,2 milhão por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o Pronaf, e de R$ 10 milhões para o Programa Agricultura de Baixo Carbono. Já as pequenas e médias empresas receberam incentivo de 90% do crédito industrial, de R$ 11,76 milhões. Esses são setores importantes para o desenvolvimento do Distrito Federal, e o banco está cumprindo o seu papel ao estimular o crescimento deles.

3 – O senhor destacou a capacidade do banco em manter como correntista os servidores do DF. Quais foram as estratégias para fidelizar esse público?

Quando os bancos de um modo geral reduziram as taxas de juros, o BRB foi além ao lançar taxas e crédito diferenciados para os servidores. Então isso possibilitou a concessão de empréstimos e financiamentos de carros e imóveis, por exemplo, que são os desejos de muitas pessoas. Além disso, possibilitamos a renegociação de dívidas em condições especiais.

4 – O BRB também tem a intenção de captar para a carta de clientes os servidores públicos da União. De que forma isso vem sendo feito?

Sem dúvida. Nossa meta é estimular esses servidores a fazer a portabilidade bancária para o Banco de Brasília. Para isso, oferecemos as mesmas vantagens a que o servidor do DF tem direito, como as possibilidades de crédito e de financiamento a juros mais baixos. Já iniciamos também a instalação de caixas eletrônicos em diversos órgãos na Esplanada dos Ministérios, por exemplo. A ideia é facilitar o acesso dessas pessoas aos serviços do banco.

5 – E como está o projeto de transformação do BRB no maior banco de fomento da região Centro-Oeste?

Neste momento, o governo federal está decidindo a respeito da possibilidade de o Banco de Brasília se tornar um dos gestores do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste, o FDCO. A área de atuação do BRB já se estende para além do Distrito Federal, pois abrange os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Ser um banco de fomento, para nós, representa o desafio de promover o desenvolvimento da região central do país.

6 – Presidente, quais são os próximos passos do Banco de Brasília?

Os resultados do balanço do primeiro semestre deste ano demonstraram o potencial do BRB. Os números mostram que o banco tem todas as condições de continuar crescendo. Dentro desse objetivo, vamos continuar aperfeiçoando a estrutura de capital do banco. Enquanto banco público, o BRB apresenta retorno aos cofres do governo do DF, o que beneficia a população brasiliense.