26/03/2013 às 16:29

Por uma Infância sem Racismo

Campanha é resultado de parceria entre assecretarias da Criança, Igualdade Racial e o Unicef, contra o racismo no DF

Por Da Redação, com informações da Sepir

As secretarias da Criança e de Promoção da Igualdade Racial (Sepir), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), lançarão, nesta terça-feira (26), às 14h, a campanha de combate ao racismo na infância. Com o tema Por uma Infância sem Racismo, a iniciativa busca conscientizar a população da capital do país sobre os efeitos negativos que o racismo pode causa na infância.
 

O lançamento da campanha ocorrerá no Auditório Dois Candangos, no Campus Universitário Darcy Ribeiro (UnB), Faculdade de Educação (FS). Na ocasião, as secretarias da Criança, de Promoção e Igualdade Racial, de Educação, de Saúde, de Cultura, de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda, da Mulher, de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e a Unicef assinarão protocolo de intenções.
 

A campanha é nacional e enfoca o impacto do racismo sobre a infância e também a necessidade de quebrar o vínculo vicioso do racismo para valorizar a diversidade étnico-racial, bem como fomentar a criação e garantir o fortalecimento de políticas públicas que promovam iniciativas de redução das disparidades existentes.
 

Estatística – Estudo realizado pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), que usou como referência os dados do Censo Demográfico 2010, do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Dados do Sistema Único de Saúde (DataSus), revela que a situação da população negra do DF é a que enfrenta maior dificuldade para ingressar nos primeiros anos de estudo.
 

Na gravidez precoce há relevante diferença entre o número total de crianças nascidas de mães negras (23.841) e de mães não negras (10.740). O grupo de 15 a 19 anos é responsável por mais de 15% do total de nascidos vivos de mulheres negras. A mortalidade infantil (até 1 ano) entre crianças não negras é maior que o dobro da de crianças negras.
 

Não há diferença entre negros e não negros quando considerados os óbitos de crianças de 1 a 4 anos. Em relação a óbitos de crianças e adolescentes por causas externas de pessoas, de 10 a 19 anos residentes no Distrito Federal, as causas externas são compostas por acidentes e violência. A população negra jovem é muito mais vulnerável a esse tipo de óbito do que a população não negra.