19/11/2014 às 21:50

Disque Idoso registra 155% de aumento nas denúncias no DF

Dados são da Ouvidoria do Idoso do GDF

Por Johnny Braga, da Agência Brasília


. Foto:Divulgação

BRASÍLIA (19/11/14) – A Ouvidoria do Idoso do Governo do Distrito Federal recebeu, no primeiro semestre deste ano, 232 denúncias de maus tratos a idosos. O número é quase 155% a mais do que o registrado no mesmo período de 2013, quando foram feitas apenas 91 denúncias. Os casos de violência psicológica ocupam o topo da lista.

 

No total, foram 923 ligações (telefone 156 opção 8) e 6.816 pedidos de informações no primeiro semestre de 2014.

 

Veja os números e os casos no comparativo com os dois períodos:

 

Números de janeiro a julho de 2013

 

Casos
Quantidade
%
Negligência
33
30,00%
Violência psicológica
19
17,28%
Violência física
18
16,37%
                Exploração financeira
17
15,45%
Abandono
16
14,54%
Autonegligência
7
6,37%

De janeiro a julho de 2014
Casos
Quantidade
%
Negligência
66
31,04%
Violência psicológica
43
20,40%
Violência física
22
10,04%
                 Exploração Financeira
38
18,90%
Abandono
33
25,27%
Autonegligência
7
3,30%
Violência Sexual
1
0,40%

 

MAPA DA VIOLÊNCIA – O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) e a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) elaboraram um mapa da violência contra idosos. Segundo o mapa, no DF, o crescimento foi de 46% entre 2012 e 2013.

 

Em 2013, houve 3.052 casos denunciados às autoridades responsáveis. No ano anterior, foram registrados 2.089 casos.


PERFIL – O mapa da violência aponta que a maioria das vítimas foram mulheres, que correspondem a 60,63% dos casos. A violência psicológica é o caso mais frequente registrado pelos órgãos competentes com 32,53% dos casos, seguida por negligência, com 27,17%, violência física, 17%, e da financeira, com 16,99%.

 

Ceilândia lidera os casos entre todas as regiões administrativas do DF, com 16,47%. Brasília aparece em seguida com 10,97% e Taguatinga, com 10,71%. A pesquisa mostrou, ainda, que 59,34% dos agressores eram os próprios filhos e filhas e que, em apenas 1,5% dos casos, o cuidador era quem agredia a pessoa idosa.

 

SEMINÁRIO – Os dados completos da pesquisa serão apresentados durante o seminário no Ministério Público nesta quinta-feira (20).  O objetivo é discutir políticas públicas para combater esse tipo de violência. A Central Judicial do Idoso, composta pela Promotoria de Justiça da Pessoa Idosa, pelo TJDFT e pela Defensoria Pública são os responsáveis pela iniciativa. O evento está previsto para começar às 13h30 no auditório do edifício-sede da entidade e será aberto ao público.

 

(J.B./A.S*)