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23/12/2014 às 13:25
Jovens que cumprem medida socioeducativa passarão por cursos profissionalizantes dentro das unidades de internação e depois serão encaminhados a uma empresa parceira do projeto
BRASÍLIA (23/12/14) – A partir de março de 2015, jovens que cumprem medida socioeducativa no DF terão uma nova oportunidade para mudar de vida. Por meio do Projeto Inove, meninos e meninas do sistema socioeducativo participarão de cursos profissionalizantes que lhes garantirão uma vaga no mercado de trabalho.
A iniciativa, coordenado pela Secretaria da Criança e desenvolvida em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), o Instituto Brasileiro Pró Educação, Trabalho e Desenvolvimento (ISBET) e a Superintendência Regional do Trabalho (SRT), começará como projeto piloto, beneficiando 12 garotas e 24 garotos, com idade entre 17 e 18 anos, que estejam em fase final de cumprimento da medida socioeducativa.
As primeiras meninas a passarem pela capacitação serão as da Unidade de Internação de Santa Maria (UISM), que farão curso de Operadora de Telemarketing. Já os meninos, primeiro serão do Recanto das Emas (Unire), e farão aulas de Técnico em Telemática (telecomunicações e informática).
Enquanto cumprem a medida socioeducativa, os jovens frequentarão as aulas dentro das próprias unidades de internação. Após receberem liberdade ou a progressão da medida, eles seguirão os mesmos passos de outros aprendizes: no contraturno escolar, vão cumprir expediente de quatro horas nas empresas parceiras durante quatro dias na semana e continuarão a formação técnico profissional uma vez por semana nas instituições qualificadoras (CIEE e ISBET). Conforme estabelece a Lei de Aprendizagem (Lei nº 10.097/2000), eles terão carteira assinada, direitos trabalhistas garantidos e certificação ao final do projeto.
Como explica a coordenadora de Políticas do Sistema Socioeducativo, Núbia Queiroz, o grande diferencial do Projeto Integra é garantir aos jovens uma vaga no mercado de trabalho assim que saírem das unidades de internação. “Nossa meta é oferecer a esses jovens uma oportunidade efetiva de reescreverem suas histórias, por meio da educação e da profissionalização, rompendo assim o ciclo infracional”, afirmou.
A partir dos resultados alcançados no projeto piloto, a Secretaria da Criança quer expandir o Projeto Integra para as demais unidades de internação do Distrito Federal.
(M.D.*)