30/12/2014 às 16:22

Ferramenta contra o preconceito

Com o Disque-Racismo, denúncias ajudam a combater a discriminação em todo o Distrito Federal

Por Da Redação


. Foto: Mary Leal

BRASÍLIA (30/12/14) – Em pleno funcionamento desde 20 de março de 2013, o Disque-Racismo já coleciona casos de sucesso na luta contra o racismo e no apoio às vítimas de discriminação. Para se ter uma ideia de sua eficácia, em apenas 15 dias de atividade o serviço recebeu 512 denúncias, 227 reclamações e 130 pedidos de informações.

 

Em pouco mais de um ano, já são cerca de 15 mil ligações recebidas. De acordo com o Governo do Distrito Federal, a criação desta ferramenta teve por objetivo intensificar o enfrentamento às situações discriminatórias, apurando os atos comprovados e analisando os registros para que medidas cabíveis fossem adotadas. É o sucesso de uma política pública de promoção da igualdade racial, desenvolvida pelo GDF.

 

Na prática, o serviço oferece atendimento jurídico e psicológico, além, obviamente, dos devidos encaminhamentos quanto a possíveis dúvidas. Durante a Copa do Mundo, quando pessoas de diversas nacionalidades e culturas dividiram vários espaços públicos em todo o DF, um questionário foi aplicado como ação da campanha DF por uma Copa sem Racismo.

 

Os dados compilados mostraram que 33% das pessoas que presenciam ou sofrem racismo denunciam. Foram 1.017 questionários preenchidos, por 589 mulheres e 428 homens, entre 16 e 60 anos. Em junho de 2013, foi instituído o Comitê Intersetorial do Disque-Racismo, com representantes de 16 secretarias de Estado. A meta do Comitê é buscar a conscientização de que os direitos devem ser iguais para as populações historicamente discriminadas, como negras, indígenas, ciganas e quilombolas.

 

EDUCAÇÃO CONTRA O RACISMO – O ensino de história e cultura afro-brasileira será fortalecido na rede pública do Distrito Federal. Uma parceria entre as secretarias de Educação (SEDF) e de Promoção da Igualdade Racial (Sepir) permitirá monitorar e efetivar a aplicação desses conteúdos nas escolas.

 

A primeira ação da parceria será a criação de um comitê gestor, composto por seis membros, sendo três representantes de cada secretaria, que definirá os procedimentos e critérios de monitoramento, além de acompanhar, avaliar e efetivar a execução das leis.

 

Entre outras ações, a Sepir adaptará o programa do Disque-Racismo para receber denúncias específicas contra instituições educacionais que não incluírem conteúdo étnico-racial no currículo.