03/02/2015 às 17:13, atualizado em 12/05/2016 às 17:52

Reeducandos da Funap expõem produtos ao público da Corrida de Reis

 Atividade capacita profissionalmente os presos e contribui para a redução da pena

Por Ádamo Araujo, com informações da Funap


. Foto: Funap- 31.1.2015

BRASÍLIA (3/2/2015) — Bolas, bolsas, camisas, bandeiras e até comidas. Esses são alguns dos artigos produzidos nas oficinas oferecidas pela Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF) a seus reeducandos. Após expostos durante a 45ª Corrida de Reis, esses produtos poderão ser comercializados em breve.

Ainda não há  previsão de quando isso deva acontecer, mas a diretora-executiva da Funap, Francisca Aires, é otimista quanto à viabilização dessa possibilidade. “Vamos tentar, de alguma maneira, inserir os bens produzidos na sociedade. A oportunidade de apresentar esses trabalhos deixou-me extremamente feliz, pois tive o prazer apresentar a produção deles”, destacou.

Assim como vários atletas e espectadores da prova de rua, passaram pelo estande da Funap o governador Rodrigo Rollemberg, o secretário de Justiça e Cidadania, João Carlos Souto, e a secretária de Esporte e Lazer, Leila Barros.

Futuramente, a fundação receberá encomendas para o comércio dos itens que os internos desenvolvem nas oficinas dos presídios. A novidade tem objetivo de contribuir ainda mais com a recuperação social do preso, com foco no desenvolvimento do potencial de cada um como indivíduo, profissional e cidadão.

“O principal objetivo é demonstrar que os trabalhos feitos dentro do sistema penitenciário podem ser inseridos na sociedade, de tal maneira que a população os veja, sem preconceito e sim com mais respeito”, complementou Francisca Aires.

Atualmente, cerca de 900 participantes do programa estão inseridos no mercado de trabalho por meio das ações da Funap. Eles atuam em órgãos do governo do Distrito Federal, governo federal, Poder Judiciário e na iniciativa privada. É importante destacar que, além de ocuparem a mente e estarem inseridos em algum meio de produção, os presos que trabalham conseguem reduzir um dia da pena a cada três de serviço.

A instituição estuda a implementação de novos projetos todos relacionados com as oficinas de sapataria, artesanato e costura.