12/02/2015 às 22:55

Segurança integrará polícias, instituições e comunidade

Secretário da pasta promove primeira reunião com conselhos comunitários. Representantes aproveitam para elencar prioridades, desafios e esperanças

Por Ana Pompeu, da Agência Brasília


. Foto:Tony Winston/Agência Brasília

Uma reunião de mais de quatro horas de duração serviu como primeiro contato entre governo e sociedade civil para tratar da segurança pública. Presidentes e representantes dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) do Distrito Federal colocaram as principais demandas ao secretário da Segurança Pública e da Paz Social, Arthur Trindade. O encontro ocorreu no auditório do Centro Universitário do DF, na tarde desta quinta-feira.

A reunião foi pedida pelos conselhos para estreitar os laços com o Executivo local. “Ninguém melhor que os próprios moradores, que vivem aquela realidade diariamente, para saber o que se passa no local, o que é prioridade, quais são os desafios”, disse o coordenador dos Consegs, major Paulo André.

As entidades atuam, de acordo com ele, tanto na prevenção quanto no combate ao crime: “Fazemos isso na forma de palestras, projetos específicos para prevenção e divulgação de ocorrências mais comuns também”. Arthur Trindade avaliou que, para melhorar a efetividade dos conselhos, o próximo passo é aperfeiçoar o recebimento das demandas pelo governo. “Os conselhos estão bem estruturados e organizados, e as comunidades têm uma forma sistematizada de demandar o poder público”, afirmou. “O segundo momento é aumentar a capacidade de o Estado ouvir.”

O secretário mencionou o novo modelo de política pública para o setor: o Pacto pela Vida. “Qualquer política pública pretensamente comunitária deve começar por ouvir a comunidade”, sentenciou. “Aqui, nós vimos a força e o comprometimento desses conselhos.” De acordo com Trindade, o pacto vai provocar mudanças: “Vai transformar queixas em um problema de segurança a ser resolvido pelas instituições”.

Para o presidente da Federação dos Conselhos Comunitários de Segurança do DF (Feconseg), José Neife de Alcântara, o encontro foi esclarecedor e serviu como canal de diálogo com a nova gestão. “O secretário nos apresentou e esclareceu os detalhes da nova metodologia de segurança pública”, contou. “Acredito no modelo de integração das polícias e das instituições com a comunidade, as bases integradas.” Segundo Alcântara, são 35 conselhos das cidades do DF, além de oito especiais, como diplomático, de postos de gasolina e de taxistas.

Representantes dos Consegs do DF tiveram a oportunidade de colocar as especificidades da região, fazer sugestões e reclamações. Eles pediram desde espaços físicos, estrutura e melhores condições de trabalho, a aumento do efetivo policial e mudança de local de batalhões. O secretário fez questão de responder individualmente a cada questão e garantiu que vai estudar medidas com base nas discussões levantadas no auditório do UDF.