21/02/2015 às 18:30, atualizado em 12/05/2016 às 17:50

Corte pela metade de cargos comissionados economiza quase R$ 11 milhões por mês

Objetivo do governo, no entanto, é promover uma reforma no Estado ainda maior ao longo dos próximos anos

Por Hédio Ferreira Júnior, da Agência Brasília


. Foto: Dênio Siões/Agência Brasília

 BRASÍLIA (21/2/2015) – O governo do Distrito Federal cortou pela metade o número de cargos comissionados de servidores sem vínculo com o Estado. O total de vagas ocupadas nessa condição caiu de 8.635, em setembro passado, para 4.410, segundo dados de 20 de fevereiro do Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos (SIGRH) do DF. O corte de 4.225 vagas — 48,93% — já se converteu em economia de R$ 10.936.877,12 na folha de pagamento mensal. Em setembro de 2014, o governo gastava com servidores de cargos comissionados sem vínculo R$ 28.167.792,36. Este mês, o gasto já foi de R$ 17.230.915,24.

 

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Os números foram detalhados hoje pelo governador Rodrigo Rollemberg. O resultado aproxima-se, em menos de dois meses da nova gestão, da meta de 60% de cortes dos cargos comissionados a que se comprometeu durante a campanha eleitoral. O comparativo de fevereiro de 2015 com setembro 2014 se refere ao mês em que Rollemberg começou a falar em redução de comissionados — e quando, a partir daí, o governador anterior passou a exonerar servidores.

 

“Reduzimos a quase a metade o número de cargos de comissão de livre provimento ainda no primeiro trimestre do governo. Estamos próximo do percentual estabelecido, mas ainda temos muito trabalho a fazer”, diz o governador. O objetivo do gestor, ao longo do mandato, é promover, a médio e a longo prazos, uma reforma do Estado, reorganizando as funções dos servidores, privilegiando os funcionários de carreira e estabelecendo as prioridades dos órgãos públicos do Distrito Federal. 

 

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“Esses 60% são um objetivo de ação mais imediata, mas o que o governador quer é um enxugamento da máquina pública, sempre com foco na eficiência e na qualidade do serviço público prestado pelo governo”, afirma o chefe da Casa Civil, Hélio Doyle.

 

No custo com cargos em comissão sem vínculo, foram considerados, além dos vencimentos e representação mensal do cargo em comissão, gratificações de atendimento ao público e de atividade judiciária, adicionais de insalubridade e noturno e mais os auxílios creche, alimentação e transporte.