20/03/2015 às 17:15, atualizado em 12/05/2016 às 17:50

Novas linhas do BRT Sul começam a operar em 28 de março

Itinerário será ampliado em Santa Maria e no Gama. A partir desse dia, passageiros pagarão tarifa de R$ 3

Por Mariana Damaceno, da Agência Brasília


 Diretor técnico do DFTrans, Adônis Gonçalves, diretor-geral do DFTrans, Clóvis Barbará, e o secretário de Mobilidade, Carlos Tomé, durante entrevista coletiva para esclarecer como e quando começará a ser feita a cobrança de passagens nos veículos do BRT
Diretor técnico do DFTrans, Adônis Gonçalves, diretor-geral do DFTrans, Clóvis Barbará, e o secretário de Mobilidade, Carlos Tomé, durante entrevista coletiva para esclarecer como e quando começará a ser feita a cobrança de passagens nos veículos do BRT. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Atualizado em 20 de março, às 14h12

As duas novas linhas do BRT Sul, em Santa Maria e no Gama, começarão a circular em 28 de março, mesma data em que passará a ser cobrada tarifa de R$ 3 para usar o serviço. Até lá, representantes da Secretaria de Mobilidade e do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) estarão nas estações para tirar dúvidas e informar os passageiros sobre as mudanças. Cartazes já estão sendo anexados no interior dos veículos. “Nós temos recebido retorno dos usuários, e eles têm gostado, inclusive, do início das cobranças. A população quer qualidade, e estamos trabalhando para isso”, disse o secretário de Mobilidade, Carlos Tomé, durante entrevista coletiva sobre o assunto na manhã desta sexta-feira (20), no anexo do Palácio do Buriti.

Com a ampliação do itinerário, cerca de 40% dos passageiros não precisarão mais sair de Santa Maria e do Gama para pegar o transporte. Isso porque as novas linhas partirão de rodoviárias nessas regiões administrativas e não dos terminais do BRT, que ficam fora delas. As linhas do BRT serão estendidas até o Terminal Sul, em Santa Maria, e até a Rodoviária Central do Gama.

Os novos trechos vão diminuir o tempo total de viagem, já que alguns passageiros não precisarão mais trocar de ônibus para chegar ao Plano Piloto. Antes, aqueles que moram mais longe dos terminais do BRT Sul precisavam pegar uma das linhas alimentadoras e só depois embarcavam nos ônibus do sistema. Mas essas opções continuam valendo: são seis linhas alimentadoras no Gama e seis em Santa Maria.

O acesso aos veículos também deve ser facilitado com as novas linhas. “Buscando as pessoas mais perto de onde elas moram e as levando direto para o destino que querem, diminuímos a necessidade de transbordo nos terminais do BRT”, disse Tomé. Para melhor organizar a entrada dos passageiros nos ônibus, o governo apoiará a Pioneira — empresa responsável pelos veículos — na formação das filas.

Cobrança de passagens
Durante a coletiva, também foi explicado como funcionará a cobrança de passagens para utilizar o sistema a partir de 28 de março. O secretário destacou ser imprescindível adquirir um dos cartões de bilhetagem automática. Na primeira semana, porém, ainda se aceitará pagamento em dinheiro. Em paralelo, o DFTrans garantirá a venda dos cartões em todas as estações.

Levantamento feito pelo órgão mostrou que 70% da população já tem cartão, mas grande parte não o usa. “A utilização dessa ferramenta é extremamente importante para ganharmos tempo e ainda termos mais informações para monitorar a linha e saber onde há necessidade de reforço, por exemplo”, explicou o diretor-geral do DFTrans, Clóvis Barbará, presente na entrevista. O sistema conta atualmente com cem ônibus, número que pode aumentar de acordo com a demanda.

Barbará informou que, em alguns meses, o custo da operação branca — período de testes do sistema quando não havia cobrança de tarifa — ficou entre R$ 4 milhões e R$ 4,5 milhões. Com o início da cobrança de passagem, o governo arrecadará aproximadamente R$ 3 milhões: “Ainda não é autossuficiente, mas já se iguala ao restante do transporte público do DF”. A diferença será paga à Pioneira pelo governo: uma parte para completar a chamada tarifa técnica — valor real da passagem repassada à empresa — e outra para quitar tarifas especiais — pagas por estudantes e idosos, por exemplo.

Em obras
O secretário de Mobilidade destacou que as obras para o BRT Sul ainda não foram concluídas. Segundo ele, a pasta está finalizando um estudo para levantar o que ainda precisa ser feito no sistema: “São pendências como regularização e renovação de contratos, obras de engenharia, correção de pavimento, melhorias nas estações, sistemática de controle eletrônico. Tudo para transformar a obra em um verdadeiro serviço de mobilidade.” E acrescentou: “Estamos em uma operação longe da ideal, mas as medidas tomadas a partir do dia 28 aproximam-na de fato de um BRT. Ainda não será da forma como queremos, mas já é um primeiro passo.”

Carlos Tomé adiantou que o projeto para o BRT Norte encontra-se em estado avançado, e a licitação deverá sair ainda este ano.

Leia também:

BRT Sul terá passagem de R$ 3 a partir de 28 de março

 

Veja a galeria de fotos: