07/04/2015 às 01:36

Polícia prende invasor de escola na Estrutural

Homem de 33 anos agrediu crianças e professores

Por Gabriela Moll, da Agência Brasília


1ª Delegacia de Polícia, na Asa Sul
1ª Delegacia de Polícia, na Asa Sul. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

Pelo menos 11 pessoas ficaram feridas após um homem invadir o Centro de Ensino Fundamental nº 1, na Cidade Estrutural, na tarde desta segunda-feira (6). Ele entrou na escola às 16h15, hora do intervalo. “Primeiro ele parou em frente à escola e andou de um lado para o outro. Em seguida, agrediu o vigilante com uma cadeira de ferro e acessou o portão da frente”, relatou uma das professoras agredidas, que preferiu não se identificar. Além dela, algumas crianças e o vigilante da portaria da escola ficaram feridos.

Uma das professoras torceu o pé ao tentar fugir do agressor. “Ela jogou um ventilador no homem. Saímos correndo, mas, quando ela caiu, ele partiu para cima com tudo”, lembrou outra professora. O sargento da Polícia Militar Carlos José, um dos primeiros a chegar ao local, contou que alunos entre 10 e 12 anos procuraram ajuda. “Elas vieram atrás de nós dizendo que tinha alguém batendo em todos na escola. Quando chegamos o cidadão já havia sido detido e imobilizado pelos funcionários”, disse. A PM prendeu o homem em flagrante e o conduziu para a 1ª Delegacia de Polícia, na Asa Sul.

O invasor Marivaldo Teixeira da Silva é morador da Estrutural, tem 33 anos e já responde na Justiça por três roubos, tráfico de drogas e cumpre prisão domiciliar por furto. Segundo a Polícia Civil, é provável que ele estivesse sob efeito de álcool e drogas e que o crime não tenha sido premeditado.

Antes de invadir a escola, o homem entrou na garagem de uma casa. “Minha esposa estava com minhas duas filhas pequenas. Ela conseguiu trancar as portas e gritou por socorro”, afirmou o dono da propriedade. Ele recebeu uma ligação da mulher e saiu imediatamente do serviço, em Águas Claras, e foi para casa. Ao chegar, questionou o invasor, que o agrediu. “Ele portava uma faca e tentou me atingir. Consegui desarmá-lo, mas ele me derrubou e começou a me bater muito”, descreveu a vítima. Outro rapaz separou a briga e Marivaldo saiu desarmado em direção ao centro educacional.

Ainda não há informações oficiais sobre a suspensão das aulas. “Estamos com muito medo de voltar”, confessou uma das professoras. Cinco vítimas — o vigilante, uma professora e três alunos — que tinham sido transferidas para o Hospital de Base já receberam alta. O agressor deverá responder por tentativa de homicídio e lesão corporal.