16/04/2015 às 21:22, atualizado em 17/05/2016 às 14:55

Brasília e brasilienses nas telas de cinema

Filmes dirigidos por cineastas ligados à cidade mostram faces diferentes da capital do País e de seus moradores

Por Gabriela Moll, da Agência Brasília

De 17 a 21 de abril, a mostra Cinema Capital, no Cine Brasília, levará ao público longas e curtas-metragens que exploram diferentes perspectivas do DF. “Todos os filmes trazem personagens locais, como os artistas Athos Bulcão e Glênio Bianchetti, ou a própria cidade como protagonista”, explica o cineasta e curador da mostra, Sérgio Moriconi.

Moriconi é diretor do curta Athos (1998), que será exibido no domingo (19). O documentário desvenda a obra do artista plástico Athos Bulcão por meio de elementos ficcionais. A ideia do roteiro surgiu após uma visita ao Brasília Palace Hotel. “Vi pessoas fazendo rapel em uma parede com a arte de Athos e resolvi brincar com essa abordagem inusitada”, pontua. “Athos era uma pessoa não convencional. Fiz uma analogia entre o artista, a pessoa e a forma com que o público se relaciona com a obra”, completa.

Abre o evento, nesta sexta-feira (17), às 19 h, o documentário Braxilia (2010), dirigido por Danyella Proença. O curta-metragem mostra como o trabalho do poeta-personagem Nicolas Behr se relaciona com a cidade.

Na sequência, a comédia dramática Simples Mortais (2011), do brasiliense Mauro Giuntini, apresenta três personagens que vivem o dilema entre o que querem e o que devem fazer. Em 2001, o cineasta dirigiu O Jardineiro do Tempo, curta-metragem também ambientado em Brasília. “Procuro trazer aspectos específicos da cidade para minha obra. Gosto de mostrar elementos como o céu, as árvores, a diversidade das pessoas e o modo de vida”, afirma Giuntini, que está com o longa Até que a Casa Caia pronto e com estreia prevista para o segundo semestre deste ano.

Ainda na noite de abertura, a mostra terá o filme A Cidade é uma só? (2012), do ceilandense Adirley Queirós. Tendo a Ceilândia como referência, o diretor explora a forma com que os moradores da região lidam com as mudanças na cidade e a exclusão territorial e social sofrida por parte da população do DF e do Entorno. Em 2014, Queirós levou o troféu de melhor longa-metragem no Festival de Brasília com Branco Sai. Preto Fica.

A mostra Cinema Capital é parte da programação do aniversário de Brasília, comemorado na terça-feira (21). Na data, das 15 h à meia-noite, o Cine Brasília também abrigará um evento com DJs, oficinas de skate e dança, food trucks, passeio de bicicleta, exposição de artes plásticas e grafite ao vivo.

Ao ar livre
Também em homenagem aos 55 anos da capital, a área externa do Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, abrigará uma grande tela de cinema. Nesta sexta-feira (17), será exibido o curta-metragem Sinal da Cruz (1995), de Pedro Jorge de Castro, que traz um retrato da chegada de trabalhadores a Brasília. No dia 24, será projetada a produção norte-americana Casablanca (1942), de Michael Curtiz. As exibições serão ao ar livre e darão direito a pipoca grátis. O evento é parte do projeto itinerante Cine Clube Sesc, promovido pelo Serviço Social do Comércio (Sesc).

Cinema Capital
De 17 a 20 de abril
Às 19 h
Cine Brasília (EQS 106/107 – Asa Sul)
Gratuito

21 de abril
Das 15 h à meia-noite
Cine Brasília (EQS 106/107 – Asa Sul)
Gratuito

Veja a programação completa do aniversário da capital federal.

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