07/08/2015 às 23:11

Agefis remove obras irregulares em Vicente Pires

Terreno de 70 mil metros quadrados estava com obras de pavimentação e instalação da rede elétrica em andamento

Por Isaac Marra, da Agência Brasília


. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

Nesta sexta-feira (7), uma ação conjunta de cinco órgãos do governo de Brasília, coordenada pela Agência de Fiscalização (Agefis), impediu a continuidade de obras de pavimentação e instalação da rede elétrica em um terreno de aproximadamente 70 mil metros quadrados na Rua 1, Chácara 17, em Vicente Pires. Três pessoas foram autuadas em flagrante pelo crime de parcelamento irregular de solo para fins urbanos.

O serviço de hoje incluiu a demolição do muro frontal da propriedade e de uma casa — com 11 cômodos e varanda — que servia de depósito e a remoção da rede elétrica. “Na segunda-feira, continuaremos a derrubada das antigas edificações, que estavam desabitadas, e a retirada do material de construção”, explicou Heliana Maria Machado da Costa, coordenadora de Fiscalização de Obras da Região Administrativa de Fiscalização IV, da Agefis.

O local contava com meios-fios, rede elétrica com 10 postes e luminárias, 315 metros de cabos e cerca de 150 metros de pavimentação com bloquetes de concreto, além de uma guarita. O rebaixamento no meio-fio para entrada de carros indica que seriam demarcados na propriedade 62 lotes de 800 metros quadrados cada um.

A delegada-adjunta da Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema), Marilisa Gomes da Silva, informou que a Polícia Civil ainda trabalha para identificar o grileiro. Os três autuados — dois operários e o empreiteiro — tiveram fiança fixada em R$ 1 mil cada um e podem pegar de um a quatro anos de reclusão se condenados.

Possível área de preservação
A parte final do terreno, que fica a cerca de cinco metros do trecho pavimentado, apresenta fortes indícios de ser área de preservação ambiental, como nascentes d’água e vegetação característica. A equipe também avaliará a situação de uma casa que, aparentemente, ocupa parte do loteamento e pode vir a ser derrubada.

Segundo o pedreiro Paulo Barbosa, de 59 anos, que trabalhava fazendo o calçamento da rua, a obra começou há uma semana. Ele e mais nove operários ficaram sem receber os dias trabalhados.

Laudo técnico
Peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil fotografaram e fizeram medições no local. As informações farão parte do laudo técnico que deverá ser encaminhado em 30 dias à Dema. Também participaram da ação de hoje servidores da Polícia Militar, da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) e da Companhia Energética de Brasília (CEB).

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