20/08/2015 às 16:38, atualizado em 16/05/2016 às 17:20

Especialistas em segurança discutem estratégias para a Olimpíada em Brasília

Seminário na Polícia Civil reúne, até amanhã (21), representantes de 45 instituições que se organizam para garantir a ordem durante as partidas de futebol no Mané Garrincha

Por Saulo Araújo e Ádamo Araujo, da Agência Brasília


. Foto: Mary Leal/Agência Brasília

A menos de um ano dos Jogos Olímpicos no Brasil, a capital federal começa a traçar um plano estratégico para manter a segurança dos moradores, dos turistas e das delegações de 20 países aguardadas para as partidas de futebol no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Na manhã desta quinta-feira (20), cerca de 300 representantes de 45 instituições dos governos federal, de Brasília e estaduais participaram, no auditório da direção da Polícia Civil, no Setor Policial, da abertura do 1º Seminário de Oficinas Técnicas para o Planejamento Integrado — Jogos Olímpicos 2016. O propósito do encontro é elaborar um plano de proteção durante um dos maiores eventos esportivos do planeta.

O seminário termina nesta sexta-feira (21), mas, de 24 de agosto a 11 de setembro, os representantes das instituições participarão de 22 oficinas temáticas analisando assuntos relevantes para proteger a cidade. Intervenções no trânsito, por exemplo, devem ser estudadas em conjunto pela Polícia Militar, pelo Departamento de Trânsito do DF (Detran), pelo Transporte Urbano do DF (DFTrans) e por outros órgãos que tenham relação com o tema. Em outra oficina estarão reunidos representantes de instituições responsáveis pela segurança e proteção de autoridades e atletas.

“A operação durante a Olimpíada depende da integração de todas as forças”, ressalta o secretário da Segurança Pública e da Paz Social, Arthur Trindade. “Se um protocolo falhar, pode comprometer todo o planejamento estratégico.” Entre as discussões já abordadas, destaque para o foco na utilização do Centro Integrado de Comando e Controle Regional, que começou a atuar ainda em 2013, na Copa das Confederações. O local funciona na Central Integrada de Atendimento e Despacho para monitorar vários pontos de Brasília, atender chamadas e enviar profissionais para ocorrências, entre outros serviços.

Ao final do laboratório, os líderes de cada órgão participante têm de elaborar um planejamento e entregá-lo ao Ministério da Justiça e à Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, que consolidarão o plano estratégico final.

Integração
De acordo com o coronel Paulo Roberto Batista de Oliveira, coordenador da Comissão Distrital de Segurança Pública e Defesa Civil para os Jogos Olímpicos Rio 2016 — Sede Brasília, o ganho maior com essa troca de experiência é unir os órgãos que, direta ou indiretamente, podem contribuir para a manutenção do clima de paz na Olimpíada. “A intenção do projeto é buscar a integração dessas agências e montar um plano tático que garanta segurança àqueles que, de alguma forma, estejam envolvidos no evento”, destaca o oficial.

Além do secretário e do coordenador, participaram da abertura do seminário o responsável pela preparação da segurança dos jogos na cidade do Rio de Janeiro, coronel da PM-RJ Mário Sérgio de Brito Duarte; o comandante Militar do Planalto, general-de-exército Racine Bezerra Lima Filho; o diretor-geral adjunto da Polícia Civil do Distrito Federal, delegado Anderson Espindola; e o secretário-extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Augusto Passos Rodrigues.

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