25/08/2015 às 17:45

Continua a desocupação na orla sul do Lago Paranoá

No segundo dia de operação comandada pela Agefis na QL 12, foram removidos 110 metros de alambrado, entre outras construções irregulares

Por Ádamo Araujo e Isaac Marra, da Agência Brasília


. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

Atualizado em 25 de agosto de 2015, às 18h41

No segundo dia de operação para desobstruir a orla do Lago Paranoá, na QL 12 do Lago Sul — conhecida como Península dos Ministros —, a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) removeu 110 metros de alambrado, 20 de cerca e 15 de muros de arrimo e concluiu o aterramento de uma piscina. Além disso, retiraram-se 10 caminhões de entulho. Os agentes encontraram duas bombas ilegais de captação de água e entregaram termo de intimação aos proprietários. De manhã, no Conjunto 14, um terreno teve construções irregulares removidas. Uma casa era cercada por alambrado até a beira do lago. Os Conjuntos 12 e 16 também foram alvo da ação, que alcançou o limite do Parque Ecológico Península Sul.

Os trabalhos desta terça-feira (25) começaram às 11 horas com a demarcação do perímetro por parte da Secretaria de Gestão do Território e Habitação. Os fiscais iniciaram a desobstrução com o uso de maçaricos e alicates, pois os terrenos eram de difícil acesso para máquinas de grande porte. Com o caminho aberto, dois tratores menores entraram em atividade. Cercas-vivas e alambrados que estavam quase dentro da água foram ao chão.

A expectativa era percorrer mais sete terrenos durante a tarde, não necessariamente demolindo estruturas, mas demarcando os 30 metros a serem obedecidos pelos moradores.

Entulho
A equipe da Agefis manteve intactas as áreas pertencentes às Embaixadas dos Países Baixos e da Alemanha, que ficam no Conjunto 12 e com edificações próximas à orla. São terrenos da União destinados ao uso dos países.

Esses locais também obedecerão os 30 metros, mas dependem ainda de negociação entre Advocacia-Geral da União, Procuradoria-Geral do DF e órgãos federais, como Câmara dos Deputados e Senado Federal.

Todo o entulho — como grades e cercas, seja de ferro, seja de madeira — é encaminhado para o Aterro do Jóquei. Caminhões do Serviço de Limpeza Urbana e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) recolhem os rejeitos após a desobstrução.

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