01/09/2015 às 00:07

Candidatos ao cargo de conselheiro tutelar ganham mais um dia para entrar com recurso

Até quarta-feira (2), cerca de 1,8 mil concorrentes podem apresentar explicações sobre documentos recusados 

Por Saulo Araújo, da Agência Brasília


. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Os 1,8 mil candidatos a conselheiro tutelar que tiveram suas candidaturas indeferidas ganharam mais um dia para apresentação de recurso. O prazo vencia nesta terça-feira (1º), mas o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, vinculado à Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude, estendeu o recebimento das justificativas até as 17 horas de quarta-feira (2).

De acordo com a titular da pasta, Jane Klebia Reis, a maioria não conseguiu comprovar a experiência de no mínimo três anos em atividades ligadas ao público atendido nos 40 conselhos tutelares espalhados por Brasília. Outros deixaram de entregar documentos listados no edital do concurso, elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Há ainda concorrentes que precisam explicar por que certidões (civil e criminal, por exemplo) constam como positivas. Na sexta-feira (4), sai o resultado da análise dos recursos.

“Não vamos aceitar aventureiros para um cargo tão importante, por isso o processo é rigoroso. O candidato tem de ter em mente que isso é mais do que um emprego por quatro anos. É preciso ter comprometimento, pois ele será o elo entre as famílias e as políticas públicas oferecidas pelo Estado às crianças a aos adolescentes”, disse Jane.

Dos 4.590 aprovados na prova escrita, feita em 5 de julho, apenas 800 concorrentes a uma das 200 vagas foram considerados habilitados. Os outros 1.990 nem sequer apresentaram os atestados e as certidões necessários. A secretária acredita que a maioria desses não levou a documentação pedida por estar ciente da impossibilidade de atender às condições constantes no edital do certame.

Outubro
As eleições ocorrem em 4 de outubro, das 9 às 17 horas. Além dos 200 titulares, serão escolhidos 400 suplentes, que assumirão em caso de vacância dos primeiros. Quem for escolhido pela comunidade terá mandato de quatro anos, com possibilidade de uma reeleição. Os postulantes aos cargos poderão iniciar a campanha em 9 de setembro — a data estava marcada para o dia 4, mas teve de ser alterada devido às mudanças no processo.

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