28/10/2015 às 19:38, atualizado em 10/08/2017 às 16:19

Embaixada de Angola recebe alunos de centro de ensino público de Planaltina

Acompanhado pela colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg, grupo conheceu um pouco da cultura e da economia do país africano

Por Dayane Oliveira, da Agência Brasília

O embaixador Nelson Manuel Cosme explica como são feitas as reuniões na embaixada
O embaixador Nelson Manuel Cosme explica como são feitas as reuniões na embaixada. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Vinte e sete alunos de 11 a 14 anos, do Centro de Ensino Fundamental nº 3 de Planaltina, estiveram nesta quarta-feira (28) com o embaixador da República de Angola, Nelson Manuel Cosme, e a embaixatriz, Neogilda Cosme, na sede da embaixada (QL 6 do Lago Sul). O encontro faz parte do projeto-piloto Embaixadas de Portas Abertas, que desde 27 de maio tem levado estudantes de escolas públicas do Distrito Federal para conhecer um pouco dos países com representação diplomática na capital.

Acompanhados de professores e de funcionários da embaixada e do governo de Brasília, o grupo fez um tour pelas dependências e ouviu explicações sobre quadros de artistas angolanos distribuídos pelos vários ambientes. Em seguida, assistiu a uma palestra sobre o país africano.

Semelhanças
Os adolescentes se mostraram surpresos a cada descoberta de características comuns, além da língua oficial — o português, herança da colonização de Portugal. “Tem outras coisas parecidas, como a dança, os instrumentos musicais, os ritmos e a música”, destacou a estudante do 7º ano do ensino fundamental Ana Luiza Silva, de 12 anos.

“Faz parte do trabalho diplomático levar à sociedade brasileira o conhecimento sobre a Angola e, para este público estudantil, damos uma importância ainda maior, porque aqui estão os futuros profissionais brasileiros e eles têm de saber quais as relações que o Brasil tem com outros países”, ressaltou o embaixador.

Presente na visita, a colaboradora do governo Márcia Rollemberg, esposa do governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, agradeceu a receptividade dos anfitriões e enfatizou ser necessário criar oportunidades de interagir com a cultura das 135 missões representativas de Estados que existem na capital. “Uma embaixada é antes de tudo o território daquele país no Brasil, a proposta é também a de criar um vínculo delas com a nossa cidade”, disse Márcia, idealizadora do projeto que se tornou possível graças à parceria entre a Assessoria Internacional da Governadoria, as Secretarias de Educação, Esporte e Lazer (fusão das antigas Secretarias de Educação e do Esporte e Lazer) e de Cultura e a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB).

Relações
Brasil e Angola mantêm relação de amizade baseada em um acordo geral de cooperação, assinado em 1980. O Estado brasileiro foi o primeiro a reconhecer a independência do país africano, em 1975. Além disso, ambos interagem economicamente, com exportação e importação recíprocas. O Brasil, por exemplo, importa hidrocarbonetos — petróleo bruto e gás natural — e exporta bens manufaturados, alimentos (como trigo e açúcar) e serviços de informática e de indústrias, entre elas, a da construção civil.

Outras visitas
Além de Planaltina, participaram até agora do projeto 181 alunos de Brazlândia, do Itapoã, do Núcleo Bandeirante, do Sol Nascente e do Varjão. As Embaixadas já visitadas foram as da Argentina, da Áustria, da Bielorrúsia, de El Salvador e da Geórgia.

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Veja a galeria de fotos:

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