02/02/2016 às 22:01, atualizado em 12/05/2016 às 17:51

Rollemberg representa governadores em reunião de líderes no Senado

Em nome de fórum permanente de chefes do Executivo que ocorreu ontem (1º) em Brasília, ele apresentou propostas do grupo aos parlamentares, como a aprovação da PEC nº 159

Por Paula Oliveira, da Agência Brasília


. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

A convite do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o chefe do Executivo de Brasília, Rodrigo Rollemberg, participou na tarde desta terça-feira (2) da reunião do Colégio de Líderes, na qual se discutiu a pauta na Casa. Como representante do Fórum Permanente de Governadores, Rollemberg apresentou aos parlamentares algumas das propostas definidas no encontro ocorrido ontem (1º), na Residência Oficial de Águas Claras, com a presença de 20 governadores e de cinco vices. “Foi uma reunião positiva, o presidente Renan e o Colégio de Líderes estão dispostos a apreciar e votar uma pauta federativa”, avaliou o governador. “Todos eles sabem das dificuldades dos estados e da necessidade de buscar alternativas para melhorar a situação.”

Entre os pleitos levados, Rollemberg citou a votação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que proíbe a União de criar despesas para estados e municípios sem garantir os recursos para financiá-las. “Isso protege os estados de despesas com as quais eles não tenham condições de arcar”, justificou. Outra reivindicação mencionada foi a proposta de aprovação da PEC nº 159, de 2015, que amplia para 75% a utilização de depósitos judiciais em que o governo é parte, para o pagamento de precatórios (débitos do governo em face de condenações na Justiça), e a possibilidade de utilização dos depósitos judiciais das empresas vinculadas aos governos para pagar precatórios. “Essa PEC tem um dispositivo que permite usar 40% dos depósitos judiciais privados para essa finalidade”, detalhou o governador. 

Pauta do fórum
O Fórum Permanente de Governadores estabeleceu e reforçou ações de curto prazo que serão importantes para os estados e Brasília terem acesso a recursos para voltar a crescer. Além da aprovação da PEC nº 159, o grupo pleiteia a retomada das operações de crédito nos estados — que precisa de autorização do governo federal; a compensação previdenciária a que os estados têm direito para abater as dívidas com a União; o refinanciamento dos débitos estaduais; e a derrubada do veto presidencial ao artigo da lei da repatriação de recursos, nº 13.254, de 2016, que trata da destinação dos recursos aos estados e aos municípios.

Na segunda-feira, após a reunião na residência oficial, os chefes dos Executivos levaram as demandas ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski; ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros; e ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

Em 28 de dezembro de 2015, também na Residência Oficial de Águas Claras, ocorreu a primeira reunião do fórum. Chefes do Executivo de nove estados e do Distrito Federal elaboraram uma lista com seis propostas de curto prazo para ajudar as unidades da Federação a superarem a crise econômica nacional. Após o encontro, o grupo seguiu para o Ministério da Fazenda e apresentou as medidas ao chefe da pasta, Nelson Barbosa.

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