03/06/2016 às 16:18, atualizado em 05/07/2016 às 13:46

Número de incêndios em maio aumenta em comparação ao ano passado

Corpo de Bombeiros registrou 439 ocorrências no mês em 2016 contra 53 no mesmo período em 2015

Por Thiago Marcolini, da Agência Brasília

Ao contrário do que informava a versão anterior da matéria, 439 ocorrências de incêndio foram registradas em maio pelo Corpo de Bombeiros no Distrito Federal — e não 39. Houve, portanto, aumento em relação à quantidade de incêndios do mesmo período do ano passado, quando foram 53 casos ao longo de todo o mês.

Somente em maio, 439 ocorrências de incêndio foram registradas pelo Corpo de Bombeiros no Distrito Federal. O número é maior do que o do mesmo período do ano passado, quando foram 53 casos ao longo de todo o mês.

Em 2016, foram 233 focos de incêndio no DF. Em todo o ano passado, os bombeiros computaram 5.718 ocorrências, o equivalente a mais de 12 mil hectares de área.

O fator humano, aliado ao clima seco de Brasília, ainda é apontado como a principal causa dos incêndios no DF – guimbas de cigarro mal apagadas e queimas propositais em áreas rurais para plantio aparecem no topo da lista.

“Algumas ações preventivas não são tomadas em posses rurais. Capinar bem o lote para que o fogo não se estenda para outras propriedades é um exemplo. Os incidentes crescem pela omissão dessas ações”, destaca o capitão do Corpo de Bombeiros Gildomar Alves da Silva. O fogo atinge também áreas de conservação ambiental, como o Parque Nacional de Brasília.

Crime ambiental

Os crimes ambientais estão descritos na Lei nº 9.605, de 1998. De acordo com a legislação, provocar incêndio em mata ou floresta resulta em reclusão de dois a quatro anos e multa. Se o crime é considerado culposo – quando não há intenção – a pena é de seis meses a um ano, além de multa.

“Aqueles que ocorrem em beiras de rodovia são ao mais difíceis de se encontrar culpado. Muitas vezes são pessoas que passam de carro e jogam guimbas de cigarro na mata”, destaca o titular da Delegacia do Meio Ambiente do Distrito Federal, delegado Ivan Dantas.

Prevenção

O Corpo de Bombeiros é enfático ao recomendar a prevenção contra incêndios: retirar de perto materiais que possam aumentar o fogo e ligar imediatamente para o 193 (bombeiros).

O combate da própria população é perigoso, já que é preciso ter equipamento de proteção individual (EPI), como luvas, jaqueta, botas, máscara, óculos de proteção e abafador — utensílio de uso manual que tem cerca de 2,5 metros de cabo de madeira de eucalipto, material resistente às queimadas.

Para combater os incêndios florestais, o Corpo de Bombeiros conta com 24 caminhões específicos, cada um com capacidade para 4 mil litros de água.

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Operação Verde Vivo

A Operação Verde Vivo do Corpo de Bombeiros tem o objetivo de apresentar à população medidas preventivas a incêndios. Dividida em cinco fases, a operação ocorrerá até o fim do ano. A primeira parte foi destinada à parte educativa, com palestras em escolas e confecção de abafadores em áreas rurais.

Na segunda e na terceira fase, que ocorrem em maio e julho, o foco é intensificar a preparação dos militares para o combate a incêndios e para a quarta fase — de 1º de agosto a 15 de outubro — em que a estiagem é avançada. Na quinta e última etapa, de 16 de outubro a 15 de novembro, o combate é reduzido devido ao período de chuvas.

Oficinas

Qualquer cidadão que queira receber oficinas de mobilização e consciência ambiental e de construção de materiais preventivos a incêndios do Corpo de Bombeiros pode solicitar pelo telefone (61) 3907-2927, da Seção de Ensino, Pesquisa, Ciência e Tecnologia do Grupamento de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, ou nos grupamentos das regiões administrativas.

Emergência do Corpo de Bombeiros
Disque 193

Seção de Ensino, Pesquisa, Ciência e Tecnologia do Grupamento de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
(61) 3901-2927

Edição: Paula Oliveira