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01/09/2016 às 09:11, atualizado em 01/09/2016 às 20:49
Alunos de escolas públicas do DF expõem projetos nas regionais de ensino. Em outubro, fase distrital será com a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2016
Cerca de 6 mil estudantes de Brasília vão expor projetos na etapa regional do 6º Circuito de Ciências das Escolas da Rede Pública do Distrito Federal até 14 de setembro. Depois, os selecionados — três por categoria em cada regional de ensino — seguirão com os trabalhos na etapa distrital, na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2016, em outubro.
Alunos de Taguatinga, do Guará, do Plano Piloto, do Cruzeiro e de Samambaia já apresentaram trabalhos. Nesta quinta-feira (1º) é a vez de os estudantes de Ceilândia montarem a exposição na Escola Parque Anísio Teixeira, na QNM 19 de Ceilândia Sul, e do Núcleo Bandeirante, no Centro de Ensino Médio Núcleo Bandeirante. O calendário segue com atividades em todas as 14 regionais de ensino, e o circuito é aberto para visita da comunidade.
Já com o foco no tema da semana nacional — Ciência Alimentando o Brasil —, os alunos do sexto ano do Centro de Ensino Fundamental nº 1 do Guará desenvolveram um desidratador solar de baixo custo. Com uma caixa de isopor, papel alumínio e outros materiais, eles fizeram uma espécie de estufa para desidratar frutas e aumentar o tempo de conservação.
“Soubemos que muitas doações de alimentos enviados para vítimas da tragédia em Mariana estragaram e pensamos que essa seria uma maneira simples para durar mais tempo”, explica Nedanes Carvalho, de 12 anos. Em novembro de 2015, uma barragem de uma mineradora se rompeu e destruiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG).
Aprendendo as primeiras lições de ciência e alimentação, os alunos da creche São José Operário, da Estrutural, mostraram os tipos de verduras que plantaram na escola. Como a horta criada por eles com o auxílio dos professores ainda não está pronta para a colheita, eles também levaram sementes, hortaliças e vegetais em diferentes etapas de crescimento.
Com a ajuda de desenhos, o pequeno Lucas Santos, de 6 anos, mostra a mudança da alface e da beterraba, que passaram de sementes para vegetais prontos para consumo. “O que mais gosto é da jardinagem, de plantar.”
O subsecretário de Educação Básica do DF, Daniel Crepaldi, visitou estandes, no Guará e em Taguatinga, e destacou a importância da iniciativa, que chega à sexta edição. “O circuito faz parte de uma atividade processual de fomento e incentivo à pesquisa e à ciência nas escolas”, avalia.
No Guará, um dos estandes mais concorridos foi o de robótica, organizado pelo Núcleo de Tecnologia Educacional — cada regional tem um, e o da região administrativa funciona no Centro Educacional nº 2 do Guará. No local, os visitantes podiam usar computadores com atividades educacionais, controlar um carrinho por meio de um tablet e conhecer protótipos de programação.
Um deles era de meteorologia. “Colocamos um sensor de umidade e temperatura e fizemos uma extensa programação para a leitura”, detalha Eduarda Fontenele, de 16 anos. O leitor marcava, às 16h30 de uma tarde de agosto em Brasília, 29 graus e 32% de umidade relativa do ar, compatível com a previsão do tempo para o dia.
A etapa regional do circuito conta com oito modalidades: educação infantil, anos iniciais, anos finais, ensino médio, educação especial, altas habilidades/superdotação, educação de jovens e adultos e educação profissional.
Segundo o regulamento, 24 trabalhos serão selecionados em cada regional de ensino para a fase distrital. Dependendo da categoria, as inscrições são por turma ou por equipes de até oito alunos e dois professores.
Edição: Raquel Flores