23/11/2016 às 18:07, atualizado em 24/11/2016 às 09:57

Instituições públicas abrigam a maioria dos estudantes do Plano Piloto

Mais de 55% frequentam escolas e universidades públicas. Dado foi divulgado pela Codeplan nesta quarta-feira (23)

Por Jade Abreu, da Agência Brasília

Cerca de 26 mil moradores do Plano Piloto estudam em instituições públicas (entre escolas e universidades) e 20 mil frequentam as instituições privadas. Perfil do Plano Piloto 2016 - PdadO número dos que frequentam a rede pública equivale a 55,6% do total de estudantes da região administrativa. As informações constam da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) divulgada nesta quarta-feira (23) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) na sede do órgão.

Para o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da companhia, Bruno de Oliveira Cruz, a quantidade de alunos na rede pública se deve à inclusão na pesquisa de instituições de nível superior. “Nesse balanço, inserimos a Universidade de Brasília (UnB) e a Faculdade de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs).”

A cada duas pessoas que moram no Plano Piloto, uma tem formação superior. Ao todo, 56,55% da população concluiu o curso — os dados também incluem aqueles com especialização, mestrado e doutorado.

O nível de escolaridade se reflete na renda média mensal dos moradores, de R$ 5.569,45 (per capita) e de R$ 13.489,93 (domiciliar). Os empregados com carteira de trabalho chegam a 50.261, enquanto os de trabalho informal, a 1.398. Os serviços público e militar são os que mais empregam os residentes do Plano Piloto, com 30.386 trabalhadores que moram na região.

As rendas médias familiar e individual caíram em comparação às últimas pesquisas (de 2011 e 2013). De acordo com Oliveira, a redução é justificada pelo período de recessão econômica. “A renda domiciliar teve uma queda maior também pela diminuição de pessoas a compor um núcleo familiar.” Nos estudos de 2011, a renda média era de R$ 5.175,59 (per capita) e de R$ 14.871,31 (domiciliar) e, nos de 2013, de R$ 5.599,48 (per capita) e de R$ R$ 15.056,02.

Plano Piloto: dividido em Asas e Vilas

O Plano Piloto é dividido em Asa Norte, Asa Sul, Noroeste, Vila Planalto e Vila Weslian Roriz. A região administrativa tem 220.393 moradores. A Asa Norte concentra cerca de 116 mil residentes, e a Asa Sul, por volta de 84 mil. Os outros setores têm, juntos, 18 mil habitantes.

Na Asa Sul, mais pessoas tem o ensino superior (59,8%) — o índice é de 57,5% na Asa Norte. Para as demais localidades, o porcentual cai para 36,17%.

Moradores do Plano Piloto têm acesso amplo à infraestrutura pública

Há serviços de limpeza urbana em 99,42% do Plano Piloto e coleta seletiva em 96,61% (80.566, dos 83.395 domicílios). Cerca de 82 mil residências estão em ruas asfaltadas; 80.687, em áreas com calçada; 83.479, em vias com meios-fios; 82.347, em locais com iluminação pública; e 81.260 têm rede de água pluvial.

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Outra característica apontada é que 78,34% usam automóveis para se deslocar ao trabalho. Para o administrador regional do Plano Piloto, Marcos Pacco, isso interfere diretamente na quantidade de vagas e de estacionamento para os moradores. “O transporte público serve bem a região, mas existe uma questão cultural de os moradores usarem os carros.”

Nascidos em Brasília são a maioria dos habitantes do Plano Piloto

Dos habitantes do Plano Piloto, 81.460 nasceram em Brasília. No entanto, a região apresenta dados significativos de moradores de outras unidades da Federação.

Nascidos em Minas Gerais compõem o principal número de migrantes — 28,2 mil, de acordo com a pesquisa. Os cariocas somam 21.251. Os paulistas são 13.061 da população, e os goianos, 12.310.

Com a divulgação de hoje, a Codeplan completou os estudos da Pdad em todas as regiões administrativas. No início de dezembro, a companhia deverá divulgar a análise completa do Distrito Federal.

Edição: Paula Oliveira e Marina Mercante