16/12/2016 às 08:20, atualizado em 17/11/2017 às 15:19

Cidades Limpas já recolheu mais de 7,3 mil toneladas de entulho

Depois da passagem do programa, trecho considerado perigoso no Gama se tornou uma praça. Próxima etapa é Ceilândia, e ações do mutirão de limpeza já começaram

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília

Quem vê o trecho entre a Escola Classe 14 e o Centro de Ensino Fundamental 4, no Gama, cercado por pneus, com mudas plantadas e limpo, não acredita que ali era um local que despertava o interesse de bandidos. A região foi a primeira a receber o programa Cidades Limpas, do governo de Brasília. Foi por lá que começou o mutirão de limpeza, encabeçado pela Secretaria das Cidades e apoiado por diversos órgão do Executivo, em novembro.

Operação Cidades Limpas no Gama.

Operação Cidades Limpas no Gama. Foto: Tony Winston/Agência Brasília – 18.12.2016

Atualmente no Paranoá, a terceira área beneficiada, o Cidades Limpas contabiliza 7.378 toneladas de entulhos retiradas até quarta-feira (14) em três regiões. A operação, iniciada na segunda (12) nessa localidade, segue até esta sexta-feira (16).

No balanço parcial, o governo de Brasília coletou 1.278 toneladas de entulho do Paranoá. Além disso, podou 104 árvores, roçou 72.650 metros quadrados de mato alto, fez 35 reparos em tampas de bocas de lobo ou meios-fios, desobstruiu 53 bueiros, capinou 2,5 mil metros quadrados, revitalizou 20 faixas de quebra-molas, instalou 30 placas de trânsito e trocou 236 lâmpadas, entre outros serviços.

[Numeralha titulo_grande=”1.278 toneladas” texto=”Quantidade de entulho recolhida em apenas três dias no Paranoá” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Balanço das primeiras ações está fechado

A primeira região administrativa a receber o programa Cidades Limpas foi o Gama, onde a operação ocorreu entre os dias 7 e 18 de novembro. O resultado do trabalho lá foi a retirada de 3 mil toneladas de entulhos e 1,8 mil toneladas de lixo verde. Além disso, houve capina de 1,6 mil metros quadrados de área pública.

Para fechamento de buracos nas pistas, foram usadas 47 toneladas de massa asfáltica. Podaram-se 693 árvores e desobstruíram-se 402 metros de rede pública de água pluvial. Para o combate a focos do mosquito Aedes aegypti (transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus), a Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde inspecionou 5.302 residências, e 82 lâmpadas queimadas foram substituídas para melhorar a iluminação pública.

Tapa-buracos consumiu 67 toneladas de asfalto no Itapoã

Entre os dias 5 e 9 de dezembro, a operação ocorreu no Itapoã. Lá foram recolhidos 3,1 mil toneladas de entulho e 288 metros cúbicos de lixo vegetal. Houve também a poda de 238 árvores e a erradicação de quatro outras, que já estavam comprometidas. Foram aparados 555,7 mil metros quadrados de grama e capinados 10,1 mil metros quadrados.

As ações de tapa-buraco consumiram 67 toneladas de massa asfáltica. Em relação à manutenção da rede pluvial, foram desobstruídos 199 metros, com a limpeza de 38 pontos de escoamento de água e o reparo de 27. O governo substituiu ainda 15 lâmpadas queimadas e instalou 16 faixas de pedestre na região.

Ceilândia já começou a receber ações da nova etapa do mutirão

Antes de terminar o ano, o programa chega a Ceilândia. De 19 a 23 de dezembro, a fase 1 do mutirão começa na região. De acordo com a Secretaria das Cidades, devido à extensão do local, o trabalho precisará de mais etapas, a serem definidas nos próximos dias.

[Olho texto='”Nossa previsão é encaminhar 200 trabalhadores (para o mutirão em Ceilândia)”‘ assinatura=”Júlio Menegotto, presidente da Novacap” esquerda_direita_centro=”direita”]

Nesta semana, porém, como nas edições anteriores, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) já iniciou, antes dos demais órgãos envolvidos, a atuação em Ceilândia.

A empresa está com seis equipes espalhadas pela região administrativa tapando os buracos. Outras duas frentes cuidam da roçagem do mato alto, com o apoio de dez máquinas, entre caminhões e tratores, para retirada desses materiais.

Apoio logístico não vai faltar. “Durante a operação, serão 130 equipamentos, como 70 caminhões com caçamba, sete pás mecânicas, um veículo desobstruidor para a galeria de águas pluviais, além de outros aparelhos”, enumera o presidente da Novacap, Júlio Menegotto. “Nossa previsão é encaminhar 200 trabalhadores [para a operação]”, completa.

Além da Secretaria das Cidades, da Novacap e das administrações regionais, participam das ações a Agência de Fiscalização (Agefis), a Companhia Energética de Brasília (CEB), o Departamento de Trânsito do DF (Detran), o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde e a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social.

Edição: Vannildo Mendes