03/02/2017 às 09:24, atualizado em 03/02/2017 às 11:26

Produção de alimentos desidratados recebe certificado de qualidade

Depois de 12 anos de estudos, Norma Siqueira foi reconhecida por programa da Secretaria da Agricultura

Por Vinícius Brandão, da Agência Brasília

Em 2004, Norma Sueli Siqueira fez o primeiro curso de desidratação de alimentos quando buscou ajuda da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Na quinta-feira (2), após mais de 12 anos, ela ganhou o selo de Boas Práticas Agropecuárias da empresa e da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural pela produção e venda de legumes, frutas e temperos desidratados.

Norma Siqueira foi reconhecida por programa da Secretaria de Agricultura. Ela ganhou o selo de Boas Práticas Agropecuárias pela produção e venda de legumes, frutas e temperos desidratados.

Norma Siqueira foi reconhecida por programa da Secretaria da Agricultura. Ela ganhou o selo de Boas Práticas Agropecuárias pela produção e venda de legumes, frutas e temperos desidratados. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

A cerimônia foi no Centro Comunitário do Assentamento Três Conquistas, do Paranoá. “Fazer um produto de qualidade é uma coisa. Mostrar é outra. Esse selo é uma comprovação de que eu faço um produto bom, que é valorizado na venda”, falou a empresária agroindustrial, de 57 anos. Ela pode usar o certificado, válido por um ano, na propriedade, no ponto de venda nas Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa-DF) e nas embalagens.

Norma é a 11ª assistida a receber o selo, desde que ele foi criado com o Programa de Boas Práticas Agropecuárias do Distrito Federal — Brasília Qualidade no Campo, em julho de 2016, por meio de portaria. Ela é a primeira beneficiada que produz com emprego de agroindústria orgânica.

[Olho texto=”“Esse selo é uma comprovação de que eu faço um produto bom, que é valorizado na venda”” assinatura=”Norma Sueli Siqueira, empresária agroindustrial” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Presente ao evento, o presidente da Emater, Argileu Martins, comentou sobre o valor do selo, tanto para produtores, quanto para consumidores. “O caso de Norma mostra que, mesmo tendo uma propriedade pequena, de dois hectares, é possível tirar renda. O comprador vê que o produto feito com qualidade é mais gostoso.”

O secretário da Agricultura, José Guilherme Leal, explicou que a propriedade do interessado no certificado deve ser trabalhada para se adequar ao nível de qualidade. “É preciso acertar a propriedade, os sistemas de produção, manejo, até o produto. Essas questões são verificadas pela Emater e pela secretaria.”

Segundo ele, depois de receber o selo, auditorias são feitas pela pasta com a Vigilância Sanitária e a Ceasa, frequentemente, para garantir que a qualidade seja mantida. A produção deve cumprir 70% dos 68 requisitos de qualidade.

Alguns deles são obrigatórios por serem de maior importância, como o dos manejos de irrigação. Norma, por exemplo, mistura os sistemas de regadura por gotejamento e por aspersão, porque cada um é mais econômico para colheitas diferentes.

Programa promove melhoria de qualidade de produtos

Um dos objetivos do Brasília Qualidade no Campo é promover, capacitar e estimular os responsáveis por estabelecimentos rurais que comercializam alimentos in natura (não industrializados) a desenvolver ações para melhorar a qualidade sanitária e, assim, proteger a saúde da população do DF.

A adesão é voluntária. Quem quiser participar deve procurar os escritórios da Emater na região administrativa em que fica a propriedade.

Além dos agricultores, trabalhadores rurais e consumidores, estão entre o público-alvo do programa associações, cooperativas e organizações de agricultores, comércio atacadista e varejista, distribuidores, feiras e demais integrantes das cadeias agropecuárias. Principalmente produtores de hortaliças folhosas e frutos.

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Edição: Vannildo Mendes