06/04/2017 às 19:28, atualizado em 12/04/2017 às 10:51

Centro 18 de Maio recebe visita do rei e da rainha da Suécia

Carlos XVI Gustavo e Silvia conheceram nesta quinta-feira (6) o espaço, que atende crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. A organização Childhood, criada pela monarca, fez parte da formação da equipe que trabalha no local

Por Samira Pádua, da Agência Brasília

Como parte dos compromissos oficiais no Brasil, o rei Carlos XVI Gustavo e a rainha Silvia, da Suécia, visitaram, na tarde desta quinta-feira (6), o Centro de Atendimento Integrado 18 de Maio, na 307 Sul.

O rei Carlos XVI Gustavo e a rainha Silvia, da Suécia, durante visita ao Centro de Atendimento Integrado 18 de Maio, na 307 Sul.

O rei Carlos XVI Gustavo e a rainha Silvia, da Suécia, durante visita ao Centro de Atendimento Integrado 18 de Maio, na 307 Sul. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Inaugurado em outubro de 2016, o local tem como objetivo oferecer atendimento mais humanizado a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. A unidade centraliza os procedimentos relacionados à assistência psicossocial e à investigação de crimes.

As majestades estavam acompanhadas da colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg e do secretário de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude, Aurélio de Paula Guedes Araújo.

Ao final da cerimônia, Márcia resumiu o significado da visita. “Queremos estar juntos nessa grande rede internacional de combate à violência infantil, de defesa e de promoção dos direitos das crianças”, disse.

[Olho texto='”Queremos estar juntos nessa grande rede internacional de combate à violência infantil, de defesa e de promoção dos direitos das crianças”‘ assinatura=”Márcia Rollemberg, colaboradora do governo de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Ela destacou a importância de entender as crianças como sujeitos de direito. “Nos sentimos imensamente honrados com a visita e queremos manter esses laços de amizade e de compromisso com essa luta, seja em Brasília, no Brasil ou no mundo”, completou.

A organização Childhood, criada pela rainha Silvia, é uma das parceiras na criação do centro e fez parte da formação da equipe que trabalha no local. A majestade reiterou a parceria e informou que a organização investirá no desenvolvimento de ferramenta de suporte à gestão de casos de assistência individual e na promoção de intercâmbio de experiências.

“Nossa expectativa é que o Centro de Atendimento Integrado 18 de Maio sirva de inspiração a governos de outros estados e municípios. Espero ver o trabalho realizado aqui no Distrito Federal expandido e replicado”, disse.

Ao rei Carlos XVI Gustavo, Márcia Rollemberg doou uma coletânea com a história de Juscelino Kubitschek e, à rainha Silvia, entregou um bordado impresso em fine art (tipo de impressão com papel de melhor qualidade, que se aproxima da obra original), doado pelo grupo Matizes Dumont.

Formado por artistas de três gerações de uma mesma família mineira, o grupo está envolvido em projetos de inclusão social e responsabilidade socioambiental.

[Olho texto='”Espero ver o trabalho realizado aqui no Distrito Federal expandido e replicado”‘ assinatura=”Rainha Silvia, da Suécia” esquerda_direita_centro=”direita”]

Das mãos de Márcia, a rainha também recebeu a obra ABC do Rio São Francisco, doado por Sávia Dumond. Outra cópia foi entregue à embaixatriz Anette Hjelmborn, que estava acompanhada do embaixador da Suécia no Brasil, Sr. Per-Arne Hjelmborn.

Como parte da campanha que divulga a importância da sanção do Projeto de Lei nº 3.792, de 2015, que trata do enfrentamento das violências contra crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de abusos, a rainha entregou a Márcia Rollemberg e ao ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, uma boneca amordaçada.

A Childhood defende que o excesso de exposição da vítima ou testemunha não assegura os direitos das crianças e dos adolescentes.

Como funciona o Centro 18 de Maio

Em todas as etapas do processo — da oitiva da criança ou do adolescente à responsabilização do autor —, o foco é evitar a chamada revitimização, que acontece quando a pessoa que sofreu violação é obrigada a relembrar e recontar o fato.

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Os atendimentos no local ocorrem após os encaminhamentos feitos pelos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e Centros de Referência em Assistência Social (Cras), pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e pelos conselhos tutelares do DF.

O nome é uma referência ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Edição: Vannildo Mendes