28/04/2017 às 10:52, atualizado em 28/04/2017 às 11:39

FAP-DF financia projeto para desenvolver plantas resistentes à ferrugem asiática

Doença causada por fungos é praga das lavouras de soja e impacta o agronegócio tanto no Distrito Federal como em todo o País. Pesquisa é feita pela Embrapa

Por Guilherme Pera, da Agência Brasília

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) quer desenvolver plantas resistentes à ferrugem asiática, praga comum em lavouras de soja. O estudo foi aprovado no Edital nº 7, de 2016, do Projeto de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex), e recebe recursos da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF).

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) quer desenvolver plantas resistentes à ferrugem asiática, praga comum em lavouras de soja.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) quer desenvolver plantas resistentes à ferrugem asiática, praga comum em lavouras de soja. Foto: Tony Winston/Agência Brasília-13.1.2016

O edital tem valor total de R$ 11.338.612,09. Metade da verba vem da FAP-DF e os outros 50%, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do governo federal. Os recursos referentes ao estudo na Embrapa — cerca de R$ 750 mil — ainda não foram liberados.

Em visita à empresa pública nessa quinta-feira (27) para a cerimônia de 44 anos da empresa, o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, assistiu à apresentação sobre a iniciativa, denominada Estratégias Biotecnológicas para Obtenção de Soja Resistente à Ferrugem Asiática.

Segundo o chefe do Executivo local, a medida é fundamental para a agricultura no Distrito Federal e no País.

Plantas resistentes à ferrugem dispensariam uso de fungicida

De acordo com o pesquisador da Embrapa à frente do projeto, o engenheiro agrônomo Francisco José Lima Aragão, a ideia é criar plantas resistentes à ferrugem para não precisar usar fungicidas.

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A estratégia é colocar proteínas antimicrobianas nas plantas.  “Identificamos as proteínas já existentes e injetamos moléculas em grandes quantidades para tentar deixá-las imunes”, explica Aragão. “Os fungos têm se tornado resistentes, e novos fungicidas demoram a surgir.”

A ideia do projeto surgiu há cerca de cinco anos. Só avançou de fato, porém, com a aprovação do edital no ano passado. Desde então, manuseios experimentais têm sido feitos. A liberação de recurso vai viabilizar os testes em maior escala.

Esse é um dos quatro projetos da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia aprovados no Edital nº 7. Os outros incluem melhoramento genético de espécies, manejo de pragas e doenças em tomateiro com emprego de tecnologia de ponta e núcleo de excelência genômica aplicada a fruteiras tropicais.

Edição: Paula Oliveira