31/05/2017 às 09:03, atualizado em 20/06/2017 às 14:50

Obra do Bananal avança 25% e deve ser entregue junto com captação do Paranoá

Subsistema vai reforçar a produção do Santa Maria-Torto com acréscimo de 726 litros de água por segundo. Entrega da estrutura está prevista para setembro deste ano

Por Guilherme Pera, da Agência Brasília

As obras do Subsistema Bananal, no Parque Nacional de Brasília, estão 25% executadas. O andamento está dentro do estabelecido pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), e a entrega, prevista para setembro — mesmo mês fixado para conclusão das intervenções de captação emergencial do Lago Paranoá, no Setor de Mansões Lago Norte.

As obras do Subsistema Bananal, no Parque Nacional de Brasília, estão 25% executadas. Entrega da estrutura está prevista para setembro deste ano.

As obras do Subsistema Bananal, no Parque Nacional de Brasília, estão 25% executadas. Entrega da estrutura está prevista para setembro deste ano. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

O Bananal significa um reforço de 726 litros por segundo para o Sistema de Produção Santa Maria-Torto. O investimento é de R$ 20 milhões, provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, do Banco do Brasil.

Cerca de 170 mil pessoas serão beneficiadas com as intervenções, que incluem captação no Ribeirão Bananal e bombeamento para a Estação de Tratamento de Água de Brasília. As obras de estrutura da elevatória, subestação e guarita estão em fase final de execução.

Junto com a captação no Lago Paranoá, serão mais de 1,4 mil litros por segundo de reforço à rede do DF. “São as duas primeiras obras significativas de captação de água desde a Bacia do Pipiripau, há 16 anos. Isso mostra que a Caesb voltou a investir em grandes intervenções”, avalia o presidente da companhia, Maurício Luduvice.

[Olho texto='”(Bananal e Paranoá) São as duas primeiras obras significativas de captação desde a Bacia do Pipiripau, há 16 anos”‘ assinatura=”Maurício Luduvice, presidente da Caesb” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

As obras da captação emergencial vão custar R$ 42 milhões, provenientes do Ministério da Integração Nacional.

Outras grandes obras de captação de água no DF

Em 11 de maio, as obras na parte goiana do Sistema Produtor Corumbá 4 foram retomadas. O fornecimento será de até 5,6 mil litros por segundo e vai ampliar em 70% a capacidade de abastecimento do DF, além de desafogar o Descoberto. O orçamento é de R$ 540 milhões, divididos de forma igualitária.

A parte do DF — que está 68% executada — independe de recursos do Ministério das Cidades, que havia suspendido o repasse após recomendação do Ministério Público Federal. Portanto, não estava parada do lado brasiliense. Havia suspeita de superfaturamento apenas na parte de responsabilidade de Goiás.

Compete ao estado vizinho a captação hídrica e a construção de 12,7 quilômetros da adutora. Outros 15,3 quilômetros são de responsabilidade do DF, assim como a estação de tratamento de Valparaíso, de onde a água será bombeada para o DF e o Entorno.

[Numeralha titulo_grande=”70%” texto=”Aumento estimado na capacidade de abastecimento do DF com a entrada em operação do Sistema Produtor de Corumbá 4″ esquerda_direita_centro=”direita”]

A Caesb tem também um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá de forma definitiva. As obras estão orçadas em R$ 480 milhões — o governo de Brasília negocia financiamento com a Caixa Econômica Federal.

Pelos próximos 40 anos, serão atendidas 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, nos Condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville e em Sobradinho.

Pequenas obras de captação de água no DF

No fim de março deste ano, a Caesb reativou a captação no Rio Alagado, no Gama. São 20 litros por segundo, que beneficiam cerca de 16 mil pessoas na região. Foram recuperados 4 quilômetros de trechos da adutora e instalada uma válvula redutora de pressão. A água captada passa por um tratamento simplificado e é encaminhada para a própria rede de distribuição.

Também no Gama, cerca de 15 mil moradores são abastecidos pelo córrego Crispim desde novembro de 2016. São captados 40 litros por segundo desde a reativação de três quilômetros de adutora e a construção de mais 180 metros de redes. A água é tratada e encaminhada para o reservatório do Gama.

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Nas proximidades do Jardim Botânico e no Lago Sul, a captação do Córrego Cabeça de Veado — que desemboca no Lago Paranoá e complementa o abastecimento nas duas regiões administrativas — foi aprimorada. Ao todo, quatro bombas de captação foram revitalizadas. Isso possibilitou o aumento da vazão de captação no córrego de 110 para 150 litros por segundo.

Outra medida foi a ativação de um poço, em São Sebastião, com capacidade de produção de 10 litros de água por segundo. A estrutura beneficia aproximadamente 4 mil pessoas.

Edição: Vannildo Mendes