02/09/2017 às 11:25, atualizado em 04/09/2017 às 09:33

Como Pode um Peixe Vivo é lançado no Riacho Fundo I

Projeto do governo de Brasília vai reunir 25 órgãos para recuperar mananciais do Distrito Federal. Iniciativa foi oficialmente criada na manhã deste sábado (2) pelo governador Rodrigo Rollemberg, em cerimônia em parque ecológico da região administrativa

Por Mariana Damaceno, da Agência Brasília

Com o objetivo de recuperar rios, riachos, ribeirões e córregos das bacias hidrográficas do Distrito Federal, foi lançado na manhã deste sábado (2) o projeto Como Pode um Peixe Vivo.

Projeto Como Pode um Peixe Vivo é lançado no Riacho Fundo I na manhã deste sábado (2) pelo governador de Brasília Rodrigo Rollemberg.

Projeto Como Pode um Peixe Vivo é lançado no Riacho Fundo I na manhã deste sábado (2) pelo governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

A cerimônia ocorreu no Parque Ecológico e Vivencial do Riacho Fundo I, área de preservação ambiental que abriga o maior conjunto de nascentes do Ribeirão Riacho Fundo, segundo o Instituto Brasília Ambiental (Ibram).

Presente na solenidade, o governador Rodrigo Rollemberg disse que o projeto será um modelo para outras comunidades. “Tenho certeza de que o resto do mundo vai ver no Fórum Mundial da Água um exemplo de como a mobilização social e a conscientização podem transformar nossa cidade em um lugar melhor.”

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De acordo com a presidente do Ibram, Jane Vilas Bôas, o processo envolve etapas de mobilização social, educação ambiental e melhorias físicas na malha de cursos d’água do DF.

“O projeto Peixe Vivo vai melhorar as condições da água, das margens do rio [Ribeirão Riacho Fundo] e, principalmente, mobilizar a população para ter consciência de ser dona de uma riqueza, porque água é riqueza”, destacou Jane.

Entre as propostas do Como Pode um Peixe Vivo estão ainda ações de pesquisa, fiscalização e replantio de mudas nas margens dos afluentes do Lago Paranoá. A ideia, entre outras, é recuperar áreas degradadas, acabar com pontos de esgoto clandestino e com casos de poluição das águas.

Neste sábado também foi lançada a fanpage no Facebook. Por meio da rede social, os interessados poderão acompanhar o andamento do projeto.

Como parte da inauguração, teve início hoje a produção de uma série de documentários sobre as bacias hidrográficas do DF feitos por organizações sociais.

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O material vai compor um longa-metragem a ser exibido no 8° Fórum Mundial da Água, o maior evento global sobre o tema, que vai ocorrer em Brasília de 18 a 23 de março de 2018. A previsão é que mais de 30 mil representantes de pelo menos 100 países estejam na capital federal para discutir questões sobre a crise hídrica que afeta o Brasil e diversas partes do mundo.

O lançamento do Como Pode um Peixe Vivo faz parte da programação da Virada do Cerrado. Com o tema Cuidando das Águas, a terceira edição começou nessa sexta-feira (1º) e termina amanhã (3).

O símbolo do projeto é o peixe pirá-brasília, espécie que vive exclusivamente no ecossistema do DF e que sofre ameaça de extinção devido à degradação dos rios. Já o nome refere-se a um clássico homônimo do cancioneiro brasileiro que virou referência a Juscelino Kubitschek após seu retorno do exílio na década de 1970.

Edição: Raquel Flores