28/09/2017 às 15:30, atualizado em 29/09/2017 às 10:47

Argélia é apresentada a estudantes da Escola Classe Granja do Torto

Visita de alunos do 4º e do 5º anos à embaixada do país africano ocorreu na manhã desta quinta-feira (28)

Por Samira Pádua, da Agência Brasília

A ansiedade tomava conta dos alunos do 4º e do 5º anos da Escola Classe Granja do Torto na manhã desta quinta-feira (28). Dentro do ônibus que os levou à Embaixada da Argélia, na QI 9 do Lago Sul, eles demonstraram ter estudado sobre o país que conheceriam pelas próximas duas horas.

Miguel Lopes, de 10 anos, estava ansioso pela visita à Embaixada da Argélia.

Miguel Lopes, de 10 anos, estava ansioso pela visita à Embaixada da Argélia. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Ao desembarcar, sacudiam as minibandeiras do Brasil e da Argélia, feitas especialmente para a visita, que integra o programa Embaixadas de Portas Abertas.

Em francês, com tradução simultânea, o adido consular da Embaixada da Argélia no Brasil, Youcef Chikhi, falou sobre a cultura, a história e a geografia do país africano. Destacou ainda o papel da embaixada e tirou as diversas dúvidas das crianças sobre o local.

Entre os questionamentos dos estudantes estavam perguntas sobre a língua falada no país, os esportes praticados, a forma de governo, a culinária e as vestimentas usadas.

“Quanto mais estiverem abertos a aprender coisas novas, mais estarão fortalecidos para o futuro”, disse Youcef Chikhi sobre os visitantes, ao fim do encontro.

A chefe da Assessoria Internacional do governo de Brasília, Renata Zuquim, destacou que essa é uma oportunidade de ampliar os conhecimentos fora da escola.

Expectativas superadas

Thauany Kessia de Morais, de 10 anos, contou como foi o trabalho da turma antes do encontro. “Fizemos pesquisas, e, em uma delas, descobri coisas curiosas que queria ver de perto e saber o significado, como o selo”, disse a aluna do 5º ano. O objeto é utilizado nas correspondências enviadas via mala diplomática — também exibida às crianças.

Colega de Thauany, Miguel Lopes, de 10 anos, contou que teria de estar na escola às 8h30, mas, ansioso, acordou cedo — às 6 horas. Na última parte da visita, enquanto degustava comidas típicas, como tâmaras, ele disse o que achou da experiência: “Gostei muito! Na minha opinião, o mais legal foram as explicações e o momento de perguntas e respostas.”

[Olho texto='”Quanto mais estiverem abertos a aprender coisas novas, mais estarão fortalecidos para o futuro”‘ assinatura=”Youcef Chikhi, adido consular da Embaixada da Argélia no Brasil” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Parte dos doces que ele e os amigos puderam experimentar foi feita pela embaixatriz Khedidja Dahmani. “A Argélia é um grande país na África. Estou contente [em recebê-los]”, disse, ao informar que foi a primeira vez que receberam visitantes como os de hoje.

Representando a turma, Miguel agradeceu a oportunidade e entregou uma lembrança da escola à embaixatriz.

Ângela de Sousa Silva foi uma das professoras que acompanharam o grupo. “Para nós, foi uma experiência muito válida, porque eles tiveram a oportunidade de visitar outro país, outra cultura, sem sair do Brasil.”

O que é o programa Embaixadas de Portas Abertas

O programa Embaixadas de Portas Abertas foi iniciado como piloto em 2015 e instituído oficialmente em 9 de agosto deste ano. Tem como objetivo aproximar os estudantes da rede pública da carreira diplomática e informá-los sobre os costumes de outras partes do mundo.

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As atividades fazem parte do programa Criança Candanga, conjunto de políticas públicas voltadas para a infância e a adolescência em Brasília.

A iniciativa, idealizada pela colaboradora do governo Márcia Rollemberg, é uma parceria da Secretaria de Educação, da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) — que leva os alunos às embaixadas — e da Assessoria Internacional.

Embaixadas interessadas em participar devem procurar a Assessoria Internacional do governo de Brasília pelo e-mail assessoria.internacional@buriti.df.gov.br.

Edição: Marina Mercante