02/10/2017 às 08:27

Censo Agropecuário 2017 começa nesta segunda (2) no DF

Pesquisa é organizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e conta com apoio da Emater-DF

Por Maryna Lacerda, da Agência Brasília

As visitas a campo para o Censo Agropecuário 2017 começam nesta segunda-feira (2) no Distrito Federal. O levantamento vai percorrer, até fevereiro de 2018, todos os estabelecimentos agropecuários do território.

Edição de arte/Agência Brasília

O objetivo é recolher dados como tamanho das propriedades, atividade desenvolvida, maquinário, assistência técnica e tecnologia empregada. A pesquisa ocorre de forma simultânea em todas as unidades da Federação.

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) prestará apoio operacional aos recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio de orientação para deslocamento. Além disso, os escritórios locais servirão como ponto de apoio para as equipes da pesquisa.

Uma vez que os técnicos da empresa têm amplo conhecimento da área rural do DF, a colaboração é importante para alcançar todos os estabelecimentos agropecuários.

“Com isso, é possível levantar a realidade e mostrar a importância da atividade rural para o DF”, destaca o gerente de Desenvolvimento Econômico da Emater-DF, Igor Alves.

[Numeralha titulo_grande=”R$ 2,4 bilhões” texto=”Valor bruto movimentado pela agricultura do DF em um ano” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

A agricultura movimenta R$ 2,4 bilhões por ano no DF — em valores brutos de produção. O cultivo de hortaliças se destaca no conjunto de atividades. A produção de grãos, em especial a de soja, é também fundamental para o setor.

No Distrito Federal, serão 16 recenseadores e 9 agentes censitários supervisores, que também farão a coleta das informações. O questionário tem 150 perguntas, e o tempo médio de aplicação é de 45 minutos.

Os escritórios locais da Emater receberão a identificação dos recenseadores em cada núcleo rural. Para saber qual é o técnico responsável pela região, basta ligar para as unidades da empresa.

As informações coletadas serão armazenadas em tablet e são confidenciais. Elas têm caráter estatístico e não serão divulgadas de forma individual ou com identificação dos produtores rurais.

“O recorte mínimo que usaremos será o de municípios e, no caso do DF, unidade da Federação”, garante o coordenador técnico do Censo Agropecuário do IBGE no DF, João Alves de Lima.

Participam da pesquisa todos os agricultores cujo imóvel rural se enquadre no critério de estabelecimento comercial. Para isso, a propriedade deve abrigar alguma atividade relacionada à exploração agropecuária, como

  • Cultivo do solo com culturas permanentes e temporárias
  • Criação, recriação ou engorda de animais de grande e médio porte
  • Criação de pequenos animais
  • Silvicultura
  • Reflorestamento
  • Extração de produtos vegetais
  • Piscicultura

A expectativa do IBGE é que 6 mil propriedades no DF se enquadrem na definição. Em todo o País, serão mais de 5,3 milhões de estabelecimentos.

“O Censo Agropecuário é o maior e mais abrangente estudo feito pelo IBGE para o setor. É o único que bate na porteira de cada um, não se trata de uma pesquisa amostral”, explica Lima.

O levantamento não fará distinção de tamanho do estabelecimento nem da condição jurídica do ocupante (se proprietário, posseiro, parceiro). Também serão visitadas as terras que estejam inseridas em área urbana.

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Uma vez compiladas as informações, será possível fazer um cadastro de todos os imóveis rurais com atividade agropecuária, inclusive com dados georreferenciados.

O Censo atuará também como termômetro para a efetividade de políticas públicas para recuperação de áreas degradadas, uma vez que indicará se ações de recuperação foram implementadas nas propriedades.

Edição: Paula Oliveira