31/10/2017 às 19:20, atualizado em 17/11/2017 às 17:06

Controladoria na Escola reúne 4 mil estudantes para troca de experiências

Os alunos Maicon, Katiane e André Luis, do Centro Educacional Asa Norte, foram ao Centro de Convenções nesta terça-feira (31) para intercâmbio com outras unidades. O evento é uma das etapas do Prêmio Escola de Atitude

Por Gabriela Moll, da Agência Brasília

Depois de identificarem na falta de ventilação um dos maiores problemas da escola, alunos do Centro Educacional Asa Norte encontraram solução criativa. “Resolvemos forrar as salas com isolantes térmicos para diminuir o calor e a sensação de local abafado”, explicou André Luis Pinheiro, de 17 anos.

Os alunos Maicon, Katiane e André Luis, do Centro Educacional Asa Norte.

Os alunos Maicon, Katiane e André Luis, do Centro Educacional Asa Norte. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Membro da equipe concorrente do 1º Prêmio Escola de Atitude pela unidade, o jovem é um dos 4 mil estudantes da rede pública de ensino que estiveram no Centro de Convenções Ulysses Guimarães nesta terça-feira (31) para trocar experiências sobre as iniciativas.

A tecnologia desenvolvida pelo grupo é fácil, barata e prática. “Colocamos caixas de leite usadas embaixo das telhas, modelo que apresentamos na feira de ciências”, detalhou André.

A ideia compartilhada pelo jovem é uma das soluções que serão apresentadas por alunos de 104 escolas da rede pública, por meio do projeto Controladoria na Escola, uma iniciativa da Controladoria-Geral do DF.

[Olho texto='”Queremos que percebam que a escola é de vocês e que todos somos responsáveis por identificar os problemas e encontrar juntos as soluções”‘ assinatura=”Henrique Ziller, controlador-geral do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

No Centro Educacional São Bartolomeu, em São Sebastião, a equipe de 45 alunos se esforça para recuperar o auditório. “O local é usado como depósito. Precisamos recuperar a iluminação, tirar o que ocupa espaço e trabalhar para que ele volte à função original”, reforçou Shayane Gomes da Costa, de 14 anos, aluna do 9º ano.

O controlador-geral do DF, Henrique Ziller, destacou a iniciativa como uma forma de reaproximar o estudante do espaço de ensino e, assim, educá-lo sobre espírito público. “Queremos que vocês percebam que a escola é de vocês e que todos somos responsáveis por identificar os problemas e encontrar juntos as soluções”, defendeu.

Entusiasmado, Ziller reforçou o caráter inovador do projeto e disse que conta com ajuda dos estudantes para um país melhor. “Tenho muita esperança em todos vocês.”

Os estudantes assistiram à peça O auto da barca da cidadania, exibida de manhã e de tarde, que fala sobre a importância da solidariedade e do espírito cidadão. Eles estavam acompanhados de 290 professores que coordenam a participação das escolas.

Antes do espetáculo, os alunos visitaram estandes com propostas ligadas à temática da cidadania e da inovação. Entre os expositores estavam o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), com material educativo de educação no trânsito, a Ouvidoria-Geral do Distrito Federal e os programas Criança Candanga e Brasília Cidadã.

Etapas do Prêmio Escola de Atitude

A troca de experiências e a peça integram a sexta e a sétima etapas do projeto. No primeiro momento, os professores das instituições inscritas foram capacitados para a orientação dos alunos nas atividades.

[Olho texto=”Iniciada em setembro, a gincana recompensará as dez melhores propostas com R$ 140 mil em prêmios” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]

Por uma semana, estudantes do 8º e 9º anos do ensino fundamental e do ensino médio fiscalizaram os espaços internos e externos das unidades de ensino participantes e os avaliaram por meio do aplicativo Monitorando a Cidade.

Com os problemas apontados, cada escola preparou um desafio que deve ser executado pelos alunos, de modo a mudar algum aspecto da realidade escolar. No Centro Educacional 310 de Santa Maria, por exemplo, o projeto foca na valorização do patrimônio público.

No total, R$ 140 mil serão distribuídos entre as dez primeiras classificadas. O valor deve ser investido na unidade de ensino. Além disso, três professores orientadores de cada escola vencedora receberão bolsas de pós-graduação, oferecidas pelo Fundo Pró-Gestão, da Escola de Governo do DF.

É a seguinte a premiação para os dez primeiros colocados:

  • 1º lugar — 50 mil para a escola mais 3 bolsas para professores
  • 2º lugar — 30 mil para a escola mais 3 bolsas para professores
  • 3º lugar — 20 mil para a escola mais 3 bolsas para professores
  • 4º lugar — 10 mil para a escola mais 3 bolsas para professores
  • Do 5º ao 10º lugar — 5 mil para a escola mais 3 bolsas para professores

A última etapa consiste em uma prova especial que será divulgada em novembro, às vésperas da execução da tarefa pelas equipes. A somatória da pontuação das atividades é que vai definir as vencedoras, que serão conhecidas em 8 de dezembro.

Edição: Vannildo Mendes