29/11/2017 às 12:27, atualizado em 29/11/2017 às 12:43

Desemprego apresenta estabilidade no DF em outubro

Taxa passou de 18,7% em setembro para 18,8% no mês seguinte. Dados são de pesquisa divulgada na manhã desta quarta-feira (29) pela Codeplan

Por Larissa Sarmento e Maryna Lacerda, da Agência Brasília

A taxa de desemprego em outubro no Distrito Federal apresentou estabilidade, ao passar de 18,7% para 18,8%. O número total de desempregados foi estimado em 308 mil pessoas, um aumento de 3 mil em relação ao mês anterior.

A taxa de desemprego passou de 18,7% em setembro para 18,8% no mês seguinte. Dados são de pesquisa divulgada na manhã desta quarta-feira (29) pela Codeplan.

A taxa de desemprego passou de 18,7% em setembro para 18,8% em outubro. Dados são da PED-DF, divulgada na manhã desta quarta-feira (29) pela Codeplan. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

É o que mostra a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada nesta quarta-feira (29) em coletiva de imprensa na Companhia de Planejamento do DF (Codeplan).

O resultado decorreu de pequenas variações na população economicamente ativa — com o ingresso de 4 mil pessoas na força de trabalho — e na taxa de ocupação, que teve aumento de mil postos de trabalho no período.

A taxa de participação, ou seja, a proporção de pessoas com 14 anos ou mais presentes no mercado de trabalho, permaneceu estável em 66,3%.

Os dados mostram que o contingente de brasilienses ocupados em outubro ficou em 1,330 milhão. Desses, 956 mil são assalariados; 183 mil, autônomos; 90 mil, empregados domésticos; e 101, empreendedores (demais posições).

Do total de assalariados, 656 mil estão no setor privado e 299 mil, no público. Houve um leve aumento de profissionais contratados no setor privado em outubro: 0,2% ou, em números absolutos, 2 mil pessoas.

A discreta melhora no mercado de trabalho privado foi impulsionada pelo aumento de vagas na construção civil (5,2% ou mais 3 mil vagas em relação ao mês anterior) e no setor de serviços (0,8% ou mais 8 mil postos de trabalho).

“O aumento das ocupações favoreceu o desempenho dos índices”, afirma o diretor de Estudo e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Bruno Cruz.

No entanto, o cenário ainda é negativo. “O quadro geral é de taxa de desemprego ainda alta e com constante precarização do mercado. Isso é resultado de um cenário nacional muito ruim”, pondera o economista do Dieese Thiago Oliveira.

Desemprego por grupos de regiões administrativas

Em relação à taxa de desemprego entre os grupos de regiões administrativas divididos por renda, houve queda de 0,6% para o Grupo 4 (Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, Estrutural e Varjão). O índice passou de 25,7% em setembro para 25,1% em outubro.

Isso se deve, segundo a Secretaria Adjunta do Trabalho, ao trabalho de captação de vagas e inserção desse público no mercado de trabalho por meio de cursos de capacitação e do trabalho nas Agências do Trabalhador.

De acordo com a pasta, 21 mil pessoas estão inscritas no Qualifica Mais Brasília. Desse total, 7 mil já concluíram o curso e 48% conseguiram colocação no mercado de trabalho. Ainda assim, jovens, mulheres e negros formam a parcela da população mais suscetível ao desemprego.

A PED é feita pela Codeplan, pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados do Governo de São Paulo.

Edição: Marina Mercante