08/12/2017 às 19:31, atualizado em 11/12/2017 às 09:28

Economia do DF dá sinais de estabilização, mas ainda está em recessão

Segundo Idecon, divulgado pela Codeplan nesta sexta-feira (8), PIB local teve queda de 0,5% no terceiro trimestre de 2017 em relação ao mesmo período de 2016

Por Vinícius Brandão, da Agência Brasília

O Produto Interno Bruto (PIB) de Brasília apresentou queda de 0,5% no terceiro trimestre de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado. Nesse mesmo espaço de tempo, o PIB o nacional teve crescimento de 1,4%.

O diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da empresa, Bruno de Oliveira Cruz, apresentou os dados do Idecon-DF.

O diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da empresa, Bruno de Oliveira Cruz, apresentou os dados do Idecon-DF. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

O descompasso aconteceu porque os setores da agropecuária e da indústria de transformação, que começaram a puxar a retomada do desenvolvimento no restante do País, têm pouco impacto na economia local, mais centrada em comércio e serviços.

Os dados fazem parte do Índice de Desempenho Econômico do DF (Idecon-DF), divulgado nesta sexta-feira (8) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), em entrevista coletiva.

A explicação para o desempenho da economia do DF no período é do diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da empresa, Bruno de Oliveira Cruz. “Brasília sofreu menos o impacto da crise nacional, mas a recuperação também é menor aqui”, ponderou.

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Segundo ele, a estabilidade das variações nacionais deriva da agropecuária, que cresceu 7,1% no trimestre, e da indústria de transformação, com aumento de 0,4%. “Infelizmente, elas têm pouca influência na economia local. Por isso, ainda estamos com recessão”, observou.

Enquanto isso, as atividades do setor de serviços, que têm mais peso no PIB brasiliense, tiveram queda de 0,4%. As únicas exceções foram os serviços de comércio em geral, que registraram crescimento de 1%.

Desde 2015, a variação do PIB do DF, com a crise que se abateu no País, passou a ser cada vez mais negativa, até atingir a marca de -1,7% no quarto trimestre (de outubro a dezembro) de 2016. No segundo trimestre (de abril a junho) deste ano, a queda do índice foi de 0,5%, mesmo valor da última medição.

Para o diretor da Codeplan, todavia, os números do comércio indicam uma melhora. “A gente se recupera de uma queda que ocorre há muito tempo. Em 2016, a variação era de -7,3%. Estar agora com 1% é sinal de restabelecimento.”

Edição: Vannildo Mendes