16/02/2018 às 20:23, atualizado em 19/02/2018 às 09:02

Equipe da UnB recolhe amostras de aço e concreto de viaduto na Galeria dos Estados

Após finalizar a coleta de material, prazo de análise é de uma semana. Retirada de escombros só poderá ser feita após essa etapa

Por Amanda Martimon, da Agência Brasília

A equipe da Universidade de Brasília (UnB) que analisará materiais do viaduto da Galeria dos Estados colheu amostras de aço e concreto na tarde desta sexta-feira (16). Após finalizar a fase de coleta, o prazo para encerrar as análises é estimado em sete dias.

Amostras de concreto retiradas nesta sexta-feira (16) serão analisadas por equipe da UnB.

Amostras de concreto retiradas nesta sexta-feira (16) serão analisadas por equipe da UnB. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

Não é possível definir uma data para término da extração por causa da dificuldade de retirada das amostras, segundo o professor de Engenharia Civil da UnB Marcos Honorato. “É difícil o equipamento penetrar no concreto, e o risco de ele quebrar é alto.”

Além de materiais do bloco do viaduto que caiu em 6 de fevereiro, a equipe vai colher amostras de outros pontos, onde a estrutura não está danificada.

Isso será fundamental para definir a medida que será adotada. Ou seja, se a estrutura pode ser recuperada ou se deve ser demolida e totalmente reconstruída. Essa decisão será tomada somente após a conclusão das análises.

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Da mesma maneira, a retirada de escombros e dos carros atingidos só poderá ocorrer depois que a equipe finalizar a coleta de materiais. “Temos que aguardar para não interferir tecnicamente na análise do material”, explicou o diretor-presidente da Novacap, Júlio Menegotto.

Durante a coleta desta sexta (16), a equipe precisou derrubar uma parede interna de um dos restaurantes que fica embaixo do viaduto. A ação foi necessária para acessar um pilar e obter amostras.

Os engenheiros também fizeram testes de corrosão no local. Consistem em borrifar um líquido incolor no concreto. Se obtiver coloração rosa, significa que o processo corrosivo ainda não começou. No caso de adquirir cor branca, é sinal de início.

O trabalho seguirá durante o fim de semana. Depois, as análises serão feitas no Laboratório de Materiais do Departamento de Engenharia Civil da universidade.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) — que formalizou a parceria com a UnB — colocará equipamento e técnicos à disposição da equipe. A medida deverá dar agilidade à coleta de material.

Colaborou Vinícius Brandão

Edição: Vannildo Mendes